Há 15 imóveis na 3ª fase do REVIVE e o Palace Hotel do Bussaco é um deles
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Localizado na Mealhada, o Palace Hotel do Bussaco pode ser considerado a “joia da coroa” entre os imóveis listados para a 3ª fase do Programa Revive para serem reabilitados. Recorde-se que o Palace do Bussaco, embora se trate de um imóvel do Estado, está em plena atividade hoteleira, estando a ser gerido por um grupo hoteleiro português.
A intenção de colocar o Palace Hotel do Bussaco neste programa de reabilitação de imóveis do Estado não é uma novidade, já que em abril de 2021, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei para integração desta unidade no lote de imóveis públicos a concessionar no âmbito do Revive. Ainda assim, trata-se do primeiro imóvel a ser integrado neste programa encontrando-se em plena atividade hoteleira e é, sem dúvida, a “joia da coroa” desta 3ª fase do Programa Revive.
Monumento nacional inserido na mata homónima, o Palace do Bussaco encontra-se, desde 1917, sob a responsabilidade do grupo hoteleiro Alexandre de Almeida que desde 2006 gere a unidade ao abrigo de um contrato de cessão a título precário, figura encontrada na altura pelo Estado após o término, dois anos antes, do prazo da concessão. Em 2016 chegou a ser lançado um concurso público internacional para concessionar o imóvel mas o grupo Alexandre de Almeida impediu que tal acontecesse através da interposição de uma providência cautelar.
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Unidade de cinco estrelas com 60 quartos e quatro suites, o imóvel, de estilo neogótico de inspiração manuelina, foi construído a partir de 1888 para os últimos reis de Portugal e conta com três pisos e um torreão.
Na descrição feita na página oficial do Programa Revive, lê-se que “o interior do “Palace Hotel do Bussaco” apresenta um verdadeiro ambiente palaciano, com espaços luxuosos decorados com requinte, cujos programas decorativos de pintura, escultura e azulejo foram entregues a conceituados artistas da época, como António Ramalho, Carlos Reis, João Vaz, Jorge Colaço e Costa Motta Sobrinho. Também o mobiliário e tapeçarias, autêntico espólio museológico, são de uma riqueza e beleza admiráveis, incluindo peças portuguesas, chinesas e indo-portuguesas”.
O Governo aponta, também, nesta descrição que o número estimado de quartos para esta unidade hoteleira é de 62.
Os imóveis da 3ª fase do Revive
Ao todo, são 15 os imóveis afectados à 3ª fase do Programa Revive que visa a salvaguarda e valorização do património público com valor patrimonial e do seu aproveitamento económico e turístico.
Destes 15 imóveis, tinham sido já referenciados no âmbito da Agenda do Turismo para o Interior os seguintes:
- Termas das Caldas de Moledo, em Peso da Régua e Mesão Frio
- Casa do Brasileiro, em São João da Pesqueira
- Quinta do Mosteiro de São Pedro de Folques, em Arganil
- Antigo Sanatório Infantil do Caramulo, em Tondela
- Casa dos Almeidas, no Sardoal
- Castelo e Casa Portilheiro, no Crato
- Convento de Nossa Senhora do Desterro, em Monchique
A estes foram agora acrescentados os seguintes:
- Antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia, Ribeira Grande (Açores)
- Antigo Sanatório de Portalegre, em Portalegre
- Quinta e Palacete da Ponte da Pedra, em Matosinhos
- Antiga Colónia de Férias da Torreira, na Murtosa
- Antigo Convento da Senhora da Alegria e Antigos Quartéis do Burgo Medieval, em Castelo de Vide
- Antigo Matadouro, em Barcelos
- Antigo Centro Psiquiátrico de Arnes, em Soure
- Palace Hotel do Bussaco, na Mealhada
Para o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, “o lançamento da III Fase do Programa Revive é sinal da vitalidade e importância deste programa na requalificação e aproveitamento económico do património imobiliário público com valor arquitetónico, patrimonial, histórico e cultural, concedendo uma nova oportunidade a imóveis em adiantado estado de degradação”.