Há 6 passos para as empresas do turismo ganharem competitividade. Aposta na IA é um deles
Começando por afirmar que as empresas de viagens líderes no mercado têm 68% mais competências de Inteligência Artificial do que as concorrentes, o estudo do Boston Consulting Group (BCG), enumera 6 passos essenciais para que as empresas do turismo ganhem competitividade.
As empresas de viagens líderes no setor do turismo têm 68% mais competências de Inteligência Artificial (IA) do que as concorrentes, segundo o estudo “Building the Travel Company of the Future”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG). Estas organizações têm ainda capacidade de oferecer aos seus profissionais 45% mais vantagens diferenciadas, em comparação com as restantes, fatores que lhes permitem ter melhores profissionais, mais eficiência operacional, prestar um serviço de excelência ao cliente e ter um melhor desempenho no mercado.
O setor do turismo está a mudar à medida que as preferências dos consumidores se vão alterando, no entanto, o estudo revela que, apesar da constante evolução, o setor das viagens é um dos mais inovadores e dos mais bem preparados para o futuro.
“As empresas líderes nesta indústria atingem resultados superiores face às restantes, melhorando a experiência do cliente, a excelência comercial, a inovação operacional e os custos e a resiliência. A sua vantagem em relação à concorrência é particularmente acentuada em duas áreas: no domínio da IA e na diferenciação de gestão de recursos humanos”, refere o estudo.
Seis passos para as empresas mais tradicionais ganharem competitividade
Para se adaptarem às novas exigências dos consumidores, conseguirem cumprir com os objetivos de crescimento e alcançarem as empresas mais inovadoras, as empresas de viagens mais tradicionais devem investir em novas tecnologias, nomeadamente em IA Generativa, de modo a conseguirem personalizar a oferta, criar valor acrescentado e crescer de forma sustentada. Nesta linha, a BCG recomenda seis ações para as empresas do setor ganharem competitividade:
Alinhar liderança e objetivos. As empresas com uma abordagem sistemática e bem sustentada por parte da liderança registam taxas de sucesso de transformação três vezes superiores às dos seus concorrentes. Assim, é fundamental que haja um alinhamento entre a gestão e os objetivos estratégicos, permitindo aos executivos reinventarem o negócio para servir todas as partes interessadas, inspirando e enriquecendo a experiência das equipas e promovendo a inovação.
Desenvolver estratégias diferenciadas. Combinar pessoas e tecnologia para um novo modelo de excelência no serviço ao cliente, recorrendo à IA Generativa para desenvolver e complementar as competências dos colaboradores, através de suporte para interações personalizadas com os clientes é uma estratégia importante para navegar no setor e tirar partido das potencialidades da tecnologia.
Estabelecer um modelo operacional ágil. Construir um modelo operacional estratégico e assente em tecnologia para apoiar a inovação aumenta as hipóteses de uma empresa criar soluções inovadoras e diminui o tempo necessário para colocar produtos digitais e disruptivos no mercado, aumentando o seu alcance e facilidade de acesso.
Criar uma cultura orientada para a inovação. Apostar numa visão centrada na inovação que aceite o risco, promova a colaboração e conceda autonomia às equipas internas permite o desenvolvimento de competências diferenciadas, promovendo uma experiência de excelência ao consumidor e garantindo competitividade à organização.
Implementar plataformas tecnológicas modernas. Estabelecer infraestruturas de dados sólidas e modernizar os sistemas principais é essencial para as empresas conseguirem melhorar os seus serviços, mantendo-se competitivas face aos concorrentes e permitindo melhores resultados comerciais.
Apostar na Inteligência Artificial. As organizações devem reforçar e modernizar os programas de adoção da IA, nomeadamente para gerir receitas e operações, ganhar eficiência operacional e personalizar as interações com os clientes, conseguindo resultados excecionais de forma mais eficiente e com menores custos.
“Ao cultivar práticas superiores de gestão de pessoas e uma cultura baseada na inovação, as empresas de viagens mais atrasadas podem alcançar os líderes do setor e responder melhor às necessidades e preferências dos consumidores, mantendo-se competitivas”, conclui o estudo.
O estudo, baseado em inquéritos a 725 executivos de empresas de todas as geografias e abrangendo 24 setores, está disponível na íntegra aqui.