Fundação Abreu Callado vai investir no alojamento turístico, anunciou Fábio Patrica
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Com vários projetos na área do enoturismo, em que desenvolve programas como provas de vinho, almoços e jantares temáticos, passeios de balão de ar quente e de BTT, além de uma Loja do Vinho, a Fundação Abreu Callado, no município alentejano de Avis, vai agora investir no alojamento turístico, disse ao Turisver o responsável de comunicação, eventos e imagem, Fábio Patrica.
Para além daquilo que já fazem na área do enoturismo, nomeadamente provas de vinhos e almoços, vocês vão construir alojamento aqui na herdade?
Sim, está previsto fazermos um investimento no alojamento, vamos ter oito alojamentos no pátio velho da Fundação e construir pelo menos mais quatro ou cinco bangalós junto à barragem do Maranhão.
Nós temos tudo em projeto, em termos de arquitetura e das especialidades. O próximo passo é aprovar tudo isto em conformidade e arrancar com a obra.
Pensam que poderão ter essa oferta de alojamento quando?
Queremos ser realistas e que tudo seja feito nas melhores condições para recebermos quem quer que seja, por isso penso que daqui a três anos.
Vão também construir uma outra sala para eventos, provas de vinhos e refeições?
Sim, nós atualmente temos capacidade para recebermos até 100 pessoas mas temos procura de grupos de maior dimensão, por isso sentimos necessidade de acrescentar o espaço. Temos um antigo armazém de cereal com tulhas antigas, com vista para a barragem e para as nossas vinhas, que vamos aproveitar para transformar numa nova sala onde iremos conseguir albergar entre 250 a 300 pessoas em termos de eventos. Será um espaço que poderá servir para almoços mas também para a realização de reuniões ou outro tipo de eventos.
Para reuniões também já disponibilizamos um fórum de eventos onde temos um auditório para 80 a 90 pessoas que pode albergar entre 70 a 80 pessoas sentadas à mesa.
Turismo internacional já soma 15% dos visitantes
Quais são os mercados que mais vos procuram?
Maioritariamente, as visitas são do mercado nacional, os mercados internacionais têm um peso de cerca de 15%. A recetividade do público português tem sido uma surpresa muito agradável neste projeto.
Desde o ano em que arrancámos temos crescido mesmo sem fazer qualquer tipo de divulgação além do “passa a palavra” que para nós é a melhor promoção que podemos ter. Estamos com uma média anual de 2.000 a 2.200 pessoas por ano que procuram esta nossa unidade para visitas, provas e almoços.
As pessoas que vos visitam e que vêm fazer uma prova, também podem adquirir aqui os vossos vinhos?
Sim, nós temos a nossa loja na sede da Fundação Abreu Callado, onde disponibilizamos todos os nossos vinhos e também produtos regionais como enchidos, queijos, azeitonas, entre outros. São produtos da região e nós sentimos que temos que divulgar aquilo que a nossa região tem.
Dizia há pouco que podem oferecer várias atividades. Subcontratam essas atividades?
Exato. Nós temos barco próprio, o que nos permite oferecer passeios na barragem, depois temos uma parceria com uma empresa que nos permite oferecer passeios em balão de ar quente.
No que se refere às provas, fazemos sempre uma prova de vinhos acompanhada com um petisco e o que nos distingue é que tentamos fazer visitas mais familiares, ou seja, procuramos que não seja algo muito técnico e que permita aproveitar o momento da melhor forma porque para mim, o vinho é uma conversa: o vinho desperta uma conversa em torno do grupo e assim conseguimos ter um ambiente muito agradável.
Em termos de volume de negócio, isto é ainda uma fatia muito pequenina das contas globais da Fundação?
É verdade. Nós somos produtores de ovinos e bovinos, também uma fonte de rendimento do montado, temos olivais e o enoturismo é uma fatia ainda muito pequena do rendimento mas esperamos que o seu peso possa vir a aumentar, aliás o alojamento deverá proporcionar um impulso muito grande.
O Turisver visitou o concelho de Avis, a convite da Câmara Municipal.