Turismo de compras representou 6% do PIB das Viagens e Turismo em 2019
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A conclusão é do relatório ‘Global Retail Tourism: Trends and Insights’, divulgado neste início de setembro pelo WTTC (World Travel & Tourism Organisation) e que deixa algumas notas sobre a importância deste segmento, tanto para os destinos turísticos como para as empresas.
De acordo com os dados do relatório, em 2019, o turismo de retalho atingiu os 178 mil milhões de dólares, compreendendo 6% do valor do PIB sector de Viagens e Turismo. Mas, a média de 6% consegue ser grandemente ultrapassada em alguns destinos, chegando mesmo a ter um peso de 15%.
O estudo avança, também que este segmento começou a recuperar da pandemia na maioria dos mercados em 2021, com as Américas e a Europa na liderança. Demonstrando um crescimento notável, ultrapassou as economias globais em quase todos os mercados antes da pandemia, demonstrando a sua resiliência e perspetivas de crescimento futuro.
“Parente pobre” das viagens e turismo em matéria de recolha de dados e análises, o turismo de compras é agora analisado neste estudo do WTTC em que são lançadas informações sobre os hábitos de compra dos viajantes, incluindo visitas a destinos comerciais fora das cidades, e destaca tendências emergentes, como o retalho sustentável.
Segundo o WTTC, o turismo de compras está a desempenhar um papel fundamental na recuperação do setor das Viagens e Turismo, que viu as receitas do turismo recetivo aumentarem 82% em 2022. Isto porque, “as compras já não são apenas uma atividade de lazer; moldam as decisões de viagem, aumentam o apelo do destino, aumentam as receitas em divisas e apoiam marcas e produtos locais”.
O relatório destaca temas emergentes, incluindo o “retailtainment” – a fusão do retalho (compras)e do entretenimento – para incentivar as compras e melhorar a experiência do cliente.
Para Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, disse: “O turismo de compras vai hoje muito além da compra de meros souvenirs; é uma força motriz por detrás da recuperação do sector das Viagens e Turismo, contribuindo significativamente para as receitas, a criação de emprego e o crescimento económico geral”.
“Este relatório sublinha o potencial inexplorado do turismo de retalho e a necessidade das partes interessadas em todo o sector das Viagens e Turismo se adaptarem às mudanças nas preferências dos viajantes. Os viajantes procuram marcas autênticas que capturem a cultura e a singularidade do seu destino, bem como marcas de luxo num ambiente luxuoso”, acrescenta.
De acordo com as conclusões do relatório, as lojas de rua continuem a ser destinos de compras populares, o comércio fora da cidade também está a crescer em popularidade, com cerca de um terço dos inquiridos a reportar visitas a esses destinos. Além disso, as compras online complementam, em vez de substituir, as experiências tradicionais.