Saiba quais são as prioridades da Agenda Turística para 2024
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Sustentabilidade, Recursos Humanos, qualificação e diversificação da oferta, coesão territorial, e digitalização, estão no Top das prioridades da Agenda Turística do IPDT para 2024, apresentada esta segunda-feira e que teve por base as opiniões de profissionais do setor e académicos.
O IPDT lançou esta segunda-feira, 29 de janeiro, num webinar que contou com a participação de Francisco Calheiros (presidente da CTP), Dorita Mendonça (diretora Regional de Turismo da Madeira) e Paulo Águas (Universidade do Algarve), a sua Agenda Turística 2024, resultante da compilação de um vasto conjunto de opiniões de profissionais e académicos do setor do turismo.
Estas opiniões permitiram identificar, as principais áreas de intervenção e de tomada de decisão por parte das empresas e destinos para 2024.
Em primeiro lugar, apontada por 50% dos respondentes ao inquérito, está a adoção de práticas sustentáveis pelos sectores público e privado. “Depois de em 2023 ter sido considerada como segunda prioridade, em 2024 a Sustentabilidade foi identificada como a primeira prioridade para a agenda do turismo”, destaca o IPDT.
Sobre este ponto, o IPDT explica que “a crescente procura do mercado por soluções sustentáveis, designadamente certificações, permite aos visitantes dispor de um serviço seguro e transparente que comunica e reporta regularmente as suas ações e respetivos resultados”, as quais deverão inserir-se “num esquema de verificação presencial, que trabalha as principais diretrizes e temáticas internacionais, numa base metodológica de melhoria contínua obrigatória e sob a gestão de uma entidade verificada” para que sejam evitadas situações de greenwashing.
Em segundo lugar, com 40% de respostas, está a capacitação e valorização dos Recursos Humanos e das profissões do turismo, uma prioridade sobre a qual o IPDT destaca que “para além da questão da capacitação, torna-se cada vez mais urgente acelerar a dignificação das profissões do turismo, nomeadamente através do aumento dos salários, da melhoria das condições de trabalho e do reconhecimento das carreiras, ações que irão permitir reter o capital humano, diminuir a falta de mão de obra qualificada e captar novos talentos”.
A aposta na qualificação e diversificação da oferta turística assume a 3ª posição no top de prioridades para o setor em 2024, segundo 33% dos respondentes. A este nível é destacada a necessidade de “fomentar a criatividade empresarial” para que surjam projetos inovadores, sem os quais se perderá competitividade. Além disso à necessidade de criação de linhas de apoio para operacionalizar e concretizar ações a curto/médio prazo que visem qualificar a oferta turística.
A coesão territorial, naquilo que se refere à distribuição equitativa dos fluxos turísticos a todo o território surge em 4º lugar, com 26% dos inquiridos a opinar que o território nacional carece de uma redistribuição do fluxos turísticos, que vise revitalizar as regiões interiores.
“(…) a coesão territorial apresenta-se como uma das grandes prioridades, com especial destaque para a aposta na promoção turística dos territórios de baixa densidade, visando uma distribuição equitativa dos fluxos por todo o território nacional e durante todo o ano”, destaca o IPDT na sua Agenda para 2024.
Já a 5ª prioridade para o turismo em 2024 é a aposta na inovação, digitalização e investigação, conforme proposto por 23% dos inquiridos. Insere-se neste âmbito a utilização da Inteligência Artificial em prol do turismo e dos seus vários sectores de atividade.
A propósito desta prioridade, o IPDT destaca que “o aumento do número de RH qualificados em áreas tecnológicas e a transferência de competências entre as universidades e a indústria potenciará o aumento de um ecossistema orientado para a investigação, capaz de atrair novos estudantes e especialistas, bem como empresas”.
Além destes cinco pontos considerados prioritários, os respondentes ao inquérito apontaram outros, como o investimento na promoção turística, destacado por 22% dos inquiridos, e acordo com os quais “o reforço das campanhas e linhas de apoio direcionadas para a promoção turística são fundamentais para fazer crescer a notoriedade dos destinos, bem como motivar e fidelizar os visitantes”.
Já para 10% dos inquiridos que responderam às questões do IPDT, o estabelecimento de parcerias e a combinação de sinergias entre as várias entidades gestoras e responsáveis pelo setor permitirá maximizar resultados, atingir metas e apoiar a execução das ações propostas.
A restruturação da Secretaria de Estado do Turismo foi apontada como necessária por 9% dos respondentes, que consideram que tal medida poderia fomentar uma tomada de decisão mais ágil e eficaz, centrada única e exclusivamente no setor do turismo.
Por último, de acordo com 9% dos inquiridos a redução da carga fiscal e o aumento das linhas de financiamento para as empresas são medidas prioritárias.