Indústrias vivas dos Açores desafiadas a integrarem Rota de Turismo Industrial
![](https://turisver.pt/wp-content/uploads/2023/10/rota-industrial.jpg)
As indústrias de todas as ilhas açorianas foram desafiadas, na passada sexta-feira, pela secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, a integrarem a Rota de Turismo Industrial dos Açores, que se encontra em estruturação naquela região autónoma.
Um convite que se estende a todas as indústrias que estão ou estiveram em laboração e que a governante desafiou, na cidade de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, no final da cerimónia de assinatura da Declaração de Colaboração com a Rede de Turismo Industrial de Portugal, na Bienal Ibérica de Património Cultural, onde marcaram presença seis parceiros regionais: Museu da Indústria Baleeira e Museu dos Baleeiros, Museu da Fábrica da Baleia do Boqueirão, Museu da Fábrica da Baleia de Porto Pim, Museu do Tabaco da Maia, Plantações de Chá Gorreana e Fábrica de Chá Porto Formoso (esta assinará oportunamente).
A Rota do Turismo Industrial dos Açores – anunciou a governante – poderá estar disponível já no próximo ano e, assim, contribuir para mitigar a sazonalidade, uma vez que acabará por trazer turismo todo o ano a todas as ilhas.
“Hoje, estamos a dinamizar a rede nacional, mas também estamos a dar passos seguros para dinamizar a nossa Rota do Turismo Industrial”, sublinhou Berta Cabral, acrescentando “temos uma grande tradição de indústrias. Saliento as conserveiras, que têm todas as condições para fazer parte da rota nacional, e a SINAGA, que apesar de já ter encerrado deve musealizar uma parte do seu espólio e, assim, também integrar a rota do turismo industrial”.
No seu entender, da Rota Nacional do Turismo Industrial “não deve apenas fazer parte aquilo que está musealizado”, mas também “a indústria viva. Aquela que hoje ainda mantém a laboração, porque é tão importante para os nossos turistas visitar um museu como visitar uma fábrica, seja ela de chá, seja do tabaco, seja de conservas, seja de cerâmica ou outra. A lista é imensa”.
A rede nacional, coordenada, pelo Turismo de Portugal, segundo Berta Cabral, permite aos parceiros que assinaram a declaração “serem também parceiros na Rota Regional do Turismo Industrial, uma rota que está em pleno desenvolvimento e que se espera que em 2024 esteja à disposição de todos os que trabalham no turismo e dos visitantes, juntando-se, assim, às restantes Rotas Açores”.
Para a secretária da tutela, quando se trata de promover o Turismo, “os passos têm de ser sucessivos, porque nunca é um trabalho acabado, é sempre um trabalho em progresso e um trabalho passo a passo, porque a promoção tem de ser contínua, assertiva e deve servir para levar a quem visita os Açores aquilo que há de diferente” na Região, acrescentando: “Não podemos vender aquilo que não somos e não podemos promover aquilo que não temos”.