A “CTP procurará sempre equilíbrios e consensos” mas “não contarão connosco para facilitismos”, avisa Francisco Calheiros
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“É e continuará a ser nosso papel, influenciar decisões estratégicas para o Turismo, através de compromissos, de consensos sociais e institucionais”, afirmou Francisco Calheiros na tomada de posse daquele que será o seu último mandato à frente da CTP. Contudo, deixou bem claro que “não contarão connosco para facilitismos”.
No discurso de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Confederação do Turismo de Portugal, esta terça-feira, dia 14, Francisco Calheiros garantiu ser “com uma grande convicção, compromisso, trabalho e dedicação que irei nortear o meu caminho à frente dos desígnios institucionais da CTP, neste que é o meu último mandato”.
Um mandato em que a CTP irá continuar a “tudo fazer para influenciar decisões que permitam a construção de legislação mais adequada ao estabelecimento de políticas públicas cada vez mais eficientes, mais amigas do investimento e da iniciativa privada, mais propiciadoras da geração de riqueza e do fortalecimento do tecido empresarial da atividade económica do Turismo”.
Neste sentido, disse, a Direção da CTP definiu para este novo triénio um conjunto de 11 eixos estratégicos, que enumerou: “Crescimento, dimensão e internacionalização das empresas”; “Transportes; acessibilidades aeroportuárias e ferroviárias”; “Privatização da TAP”; “Promoção turística externa”; “Fiscalidade e custos de contexto”; “Reforma do Estado”; Concertação social, capital humano e sua qualificação”; “Transformação digital”; Fundos comunitários: PRR e PT20230”; “Sustentabilidade ambiental”; Reforço do papel do associativismo do turismo”; e, por fim, “Demografia”.
Apesar de defender que todos estes 11 eixos são igualmente importantes, o presidente da Confederação do Turismo quis destacar, entre eles, os Transportes, nomeadamente pela questão que se prende com o novo aeroporto, sobre o qual apelou a que “se decida rápido, mas que se tome uma decisão que tenha em conta o curto, o médio e o longo prazo”.
Destacou igualmente a necessidade de uma Reforma do Estado, no sentido da sua agilização mas também de um novo olhar sobre as empresas que “bem precisam (…) de pagar menos impostos e ter menos custos de contexto, assim como é necessário redefinir os apoios à internacionalização e o reforço da promoção externa do País”.
A finalizar, reforçou que a CTP “procurará sempre equilíbrios e consensos, quando tal seja possível, para viabilizar estratégias e políticas públicas que tenham em vista a potenciação do crescimento económico” das empresas e do país e que “fará o seu trabalho independentemente das circunstâncias, seja na defesa pela rápida decisão do novo aeroporto de Lisboa, seja por legislação laboral adequada às especificidades do Turismo, seja pela construção de instrumentos que tenham em vista o crescimento e a internacionalização das nossas empresas, seja na defesa acérrima de injustiças que muitas vezes se cometem pelo Estado sobre muitos dos nossos ramos do Turismo, com grande incidência em micro e pequenas empresas”.
Na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da CTP para o triénio 2024-2027, que decorreu na Sociedade de Geografia de Lisboa, estiveram vários membros do Governo, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, líderes partidários, representantes do Conselho Económico e Social e parceiros sociais, entidades ligadas ao turismo e empresários do setor.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem em vídeo em que sublinhou o muito que a CTP tem feito nos últimos anos, mas desafiando-a a fazer ainda mais.