Fórum IPDAL: Pedro Costa Ferreira acredita na “reabertura do mercado turístico entre a Venezuela e Portugal”
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O presidente da APAVT foi um dos intervenientes no XIV Fórum do Turismo “Portugal – América Latina”, que teve lugar terça feira, em Lisboa, numa organização do IPDAL. O evento, que teve Cuba como país convidado, juntou representantes de países da América Latina e Caraíbas e empresários portugueses.
Pedro Costa Ferreira começou a sua intervenção por realçar que “o ano de 2023 foi um ano de grande recuperação para o turismo português e para as agências de viagens”, um ano em que “em muitos casos” foram ultrapassados os resultados de 2019, nomeadamente no se referiu a vendas e pricing.
No meio deste êxito, disse o presidente da APAVT, “as Caraíbas tiveram um papel absolutamente relevante”, nomeadamente destinos como o México, a República Dominicana e Cuba.
Sobre o Brasil, que já foi um dos grandes preferidos dos turistas portugueses mas que nos últimos anos não tem constado do top de preferências, sublinhou a relevância que o mercado brasileiro tem para o turismo em Portugal, tendo enfatizado que “o turismo é uma estrada de dois sentidos e são tão bem vindos a Portugal os turistas brasileiros como os turistas portugueses no Brasil”, pelo que, as operações entre os dois países continuam a ter uma grande importância.
Afirmando que “sempre que há mais turistas dos vossos países no nosso país, há maior probabilidade de haver mais turistas do nosso país nos vossos países”, Pedro Costa Ferreira deixou uma nota para a Venezuela, “pais para onde não temos uma operação nada relevante como é sabido”. Mas porque, como disse, “todos os caminhos começam com um primeiro passo”, salientou o facto de este ano, a embaixadora da Venezuela ter dado esse passo em direção ao sector das agências de viagens. “Não está a decorrer tudo tão depressa como todos gostaríamos mas se decorrer de forma segura, certamente que teremos todos a ganhar”, disse, acrescentando esperar que “em 2024, ano em que estão previstas algumas ações concretas, essas ações possam dar origem à reabertura do mercado turístico entre a Venezuela e Portugal”.
Quanto ao futuro, disse, “há sempre incertezas e desafios” sendo que relativamente a 2024, “a instabilidade política e militar é provavelmente a nossa maior incerteza e o nosso maior desafio”. Somam-se as alterações climáticas, responsáveis, por exemplo, pela questão do sargaço que neste momento passou a ser já vista como característica dos destinos.
“No que toca ao mercado emissor português “há uma questão que ainda não está resolvida que é a de quando é que a inflação, a quebra do poder de compra e o aumento das taxas de juro chegam às viagens” porque “até agora ainda não chegaram”, pelo menos em força. No entanto considerou que esta “será uma preocupação e uma incerteza para 2024”.
No que toca ao mercado emissor português “há uma questão que ainda não está resolvida que é a de quando é que a inflação, a quebra do poder de compra e o aumento das taxas de juro chegam às viagens” porque “até agora ainda não chegaram”, pelo menos em força. No entanto considerou que esta “será uma preocupação e uma incerteza para 2024”.
Dinamizar os fluxos turísticos entre Portugal e os destinos da América Latina e das Caraíbas, depende da conectividade. Sob este aspeto lembrou ou trabalho feito pela administração brasileira da TAP que “criou um caminho que nunca mais será fechado” e com “grandes oportunidades para os dois mercados”, recordando também que o êxito do mercado brasileiro em Portugal “é também uma resposta a uma aposta da TAP”.
Já no que se refere ao mercado do México, que considerou ter “grande potencial”, o facto de não haver conectividade direta entre os dois países, tem levado a que esse potencial não seja aproveitado.
A relação entre os destinos e as agências de viagens em Portugal, foi outro dos pontos focados pelo presidente de APAVT que lembrou, a propósito, que “as agências de viagens tiveram um papel absolutamente preponderante durante a pandemia” e que “ganharam clientes” nesse período pelo trabalho desenvolvido no repatriamento dos seus clientes e no pagamento de reembolsos aos clientes que não tinham podido viajar. O mesmo, disse, aconteceu muito recentemente com Marrocos devido ao terramoto e ainda mais recentemente com Israel.
Defendendo que, por estes motivos, as agências de viagens têm um papel ainda mais preponderante no mundo atual, repleto de incertezas, o presidente da APAVT manifestou a “firme vontade” de trabalhar com todos os destinos da América Latina e Caraíbas, tendo feito referência, no caso de Cuba, ao grupo Vila Galé que está prestes a inaugurar o seu primeiro hotel no país.