Turismo de Malta quer mais turistas portugueses no arquipélago
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Garantir o sucesso e a continuidade da rota entre Malta e Lisboa para captar mais turistas portugueses é o objetivo do Turismo de Malta, cuja responsável para a Península Ibérica sublinhou também ao Turisver que estes voos permitem estreitar relações com os operadores turísticos portugueses.
Para o Turismo de Malta, a operação da companhia aérea maltesa entre a ilha de Malta e Lisboa que se iniciou esta segunda feira, “tem muitíssima importância”, principalmente porque “marca o início da colaboração entre o Turismo de Malta e a tour operação em Portugal”, afirmou ao Turisver Verónica Sanz, sénior account executive do Turismo de Malta para a Península Ibérica, à margem do evento que assinalou o início da rota sazonal da Air Malta para Lisboa.
Assim, sublinhou, a existência e a manutenção desta rota reveste-se de grande importância para o Turismo de Malta, que até gostaria de a ver mais prolongada, de forma a permitir esbater a sazonalidade de que se reveste a procura pelo destino. “Esse é o objetivo que temos”, afirmou, acrescentando, no entanto, que “antes de mais, há que garantir o êxito desta operação para que a possamos manter no futuro”. Para já, parece certo que em 2024, a rota será mantida e o seu período alargado: “Temos a garantia que em 2024 a operação será mantida e estamos com a expectativa de que a companhia aérea abra a rota mais cedo do que este ano, o que será mais um passo na estratégia do Turismo de Malta de diminuir a sazonalidade da oferta.
Sobre a importância do mercado português para Malta, a responsável começou por dizer que está muito dependente das ligações que existam entre os dois países em cada momento, tendo admitido que o encerramento de rotas entre os dois países leva a que se feche a colaboração com os operadores turísticos e as agências de viagens.
Ainda assim, uma coisa é certa, para o organismo responsável pela promoção turística de Malta, o mercado português é “de grande importância” porque “é muito movido pelo turismo cultural e pelo turismo ativo e isso é exatamente aquilo que vão encontrar em Malta”. Também por isso, a intenção do organismo é conseguir levar cada vez mais turistas portugueses não apenas à ilha de Malta mas também à ilha de Gozo, que tem uma oferta diferente mas complementar. Para isso, no entanto, há que “garantir a continuidade da rota”, voltou a frisar.
Verónica Sanz frisou que Malta não se posiciona no mercado como um destino de praia mas sim, sobretudo, como destino cultural, até porque se trata de um país “com mais de 7.000 anos de história” onde se podem encontrar “templos megalíticos mais antigos do que as pirâmides do Egito” e onde existem “mais de 300 igrejas” tanto que é habitual dizer-se que em Malta “há uma igreja para cada dia do ano”.
A tudo isto se soma o facto de a ilha beneficiar de mais de 300 dias de sol a cada ano, com “um clima que torna o destino apetecível em qualquer época do ano, para city breaks, ‘pontes’ e também para ‘combinados’ que permitam estar quatro ou cinco dias em Malta e os restantes na ilha de Gozo”, duas ilhas cheias de contrastes.
Malta é também destino de turismo ativo, proporcionando atividades diversas, entre as quais pontificam o mergulho e o snorkeling, como é um destino em que sempre há algo para fazer, dado o seu extenso calendário de eventos. “Apesar de ser uma ilha pequena, há sempre algo a acontecer em Malta”, destacou a nossa entrevistada.
As ligações históricas entre os dois países, que remontam à época da Ordem de Malta, é algo que, segundo a responsável do Turismo de Malta, também pode potenciar os fluxos turísticos portugueses.