Sucesso da privatização da TAP depende de um “caderno de encargos bem desenhado”, diz Bernardo Trindade
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Num almoço que teve como convidado o presidente e CEO da TAP, Bernardo Trindade, presidente da AHP, congratulou-se com a abertura do capital da companhia que afirmou ser “um sinal de confiança” mas defendeu que o sucesso da privatização depende de um “caderno de encargos bem desenhado”, nomeadamente no que se refere à questão do ‘hub’.
Bernardo Trindade, que falava num almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal que teve como convidado Luís Rodrigues, presidente da TAP, começou por se referir à importância da transportadora aérea para o turismo, considerando que a companhia “é um instrumento fundamental de mobilidade para Portugal”. Assim, e uma vez que a atividade turística depende da mobilidade, “a TAP é um parceiro muito importante, porque justifica também alguns dos bons números que vimos apresentando neste ano de 2023”.
Porque “o último ano, do ponto de vista da visibilidade da TAP, não foi um ano que nos orgulhou. A forma como a TAP foi tratada é um tempo que nós queremos rapidamente ultrapassar”, o presidente da AHP desejou felicidades a Luís Rodrigues e a toda a “família TAP”, sublinhando que a trajetória da TAP neste ano de 2023 tem sido muito positiva.
Bernardo Trindade referiu-se ao anúncio da abertura do capital da TAP a privados feito na passada semana, para assinalar que esta abertura “é, sobretudo, um sinal de confiança” para a companhia e para Portugal. “Entendemos que esta abertura de capital é importante porque no mundo da aviação, que é fortemente concorrencial, só com parcerias é que nos podemos posicionar”, disse, acrescentando que tanto Portugal como o turismo “precisam muito da TAP”.
Ainda assim, o presidente da TAP alertou que o sucesso da privatização depende “de um caderno de encargos bem desenhado” e em que se “garantam alguns aspetos de interesse nacional”, como o aprofundamento do ‘hub’ de Lisboa e o aprofundamento de ligações ponto a ponto com outros aeroportos nacionais do Continente. Referiu ainda a importância das relações com a diáspora e com as regiões autónomas.
A propósito sublinhou ainda que “no caso da Madeira, que é a região que mais cresce este ano em termos turísticos, é fundamental a presença da TAP”.