Mercado chinês é o que mais aumenta nas intenções de viajar para a Europa até ao final do ano
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A conclusão é do 3º Barómetro das Viagens de Longo Curso, publicado esta quinta feira pela European Travel Commission. O estudo mostra também que os turistas estão a adotar estratégias para maximizar experiências e minimizar custos e que, para viagens dentro da Europa, optam por low costs e comboios.
“Os viajantes de longo curso estão a demonstrar entusiasmo em explorar destinos europeus neste outono, com a intenção de viajar dos principais marcadores a manter-se estável ou a registar um aumento em comparação com o ano passado”, frisa a ETC, destacando que os níveis de interesse registaram particular aumento no mercado chinês
De acordo com os resultados do estudo, apesar das preocupações com os elevados custos de viagem e as tarifas aéreas inflacionadas, 74% dos entrevistados chineses pretendem visitar um destino europeu entre setembro e dezembro deste ano, o que representa um aumento de 10% face ao mesmo período do ano passado e uma subida de 9% em comparação com o outono de 2019.
As intenções de viajar para a Europa no último trimestre deste ano também aumentaram, em termos homólogos, nos mercados dos EUA (+3%) e Canadá (+2%), diz o estudo.
Nem todos os mercados de longo curso têm a mesma intenção, sendo que nos mercados da Austrália e do Brasil, as intenções de viajar para a Europa durante os últimos três meses do ano baixaram face a 2022 (-3% em cada um dos casos). Ainda assim, no mercado brasileiros, 52% dos inquiridos expressou o desejo de viajar para a Europa ainda este ano.
Os entrevistados japoneses mostraram um aumento significativo na intenção de viajar para a Europa: +12% em termos homólogos. No entanto, no Japão apenas 25% dos entrevistados afirmou pretender visitar a Europa nos próximos meses.
Preços elevados alteram a forma como os turistas planeiam viajar
Embora o desejo de viajar para a Europa continue forte em geral, os potenciais viajantes em todos os seis mercados analisados pelo estudo, citam os preços elevados como o seu principal impedimento. Isto aplica-se especialmente ao Brasil e à Austrália, onde 45% e 40% dos viajantes, respetivamente, sentem-se desencorajados de férias na Europa devido aos elevados custos. Consequentemente, um número crescente de viajantes em todos os mercados está a atribuir maior importância à percepção da acessibilidade dos serviços e experiências no destino (32%) em comparação com o ano passado (28%).
Num contexto de custos crescentes relacionados com viagens, os turistas adoptam comportamentos como o de reduzirem as despesas de compras (35%), usarem programas de fidelidade e pacotes com tudo incluído a preços acessíveis, ambos considerados por 30% dos entrevistados em todos os mercados e particularmente favorecidos no Brasil e na China.
De referir que para cinco dos seis mercados analisados, os principais atractivos da Europa residem na sua história e na sua cultura. A excepção são os turistas chineses, que preferem as experiências gastronómicas e urbanas.
Outra conclusão do estudo é que, para viajarem dentro da Europa, os turistas de longo curso dão preferência a companhias low cost, mas o interesse pelas viagens de comboio está a crescer.
Foto: ETC (site)