LAM já voa entre Lisboa e Maputo: “Esta rota está aqui para ficar”, afirmou o diretor-geral da companhia
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A LAM retomou esta terça-feira a rota para Lisboa com o primeiro voo a sair da capital portuguesa a meio da tarde, com cerca de 200 passageiros. De manhã realizou-se um evento de lançamento da rota no Aeroporto Humberto Delgado, com a presença do Embaixador de Moçambique, responsáveis das Linhas Aéreas de Moçambique e da ATR, novo GSA da companhia em Portugal.
“Esta rota está aqui para ficar”, afirmou o diretor-geral da LAM, João Carlos Pó, na cerimónia que a assinalou, no aeroporto Humberto Delgado, a retoma dos voos da LAM entre Lisboa e Maputo, avançando também que “não queremos vender bilhetes de avião, queremos vender experiências e experiências moçambicanas”.
No lançamento da rota, que vai ter três voos por semana, João Carlos Pó Jorge enfatizou que a intenção da companhia ao abrir Lisboa é de “repor à comunidade, de forma acessível, a ligação entre os dois destinos” e “estimular as relações comerciais, queremos que a comunidade moçambicana aqui cresça em poder, em capacidade, em participação nas duas economias”.
Sobre os voos, afirmou que “queremos que as pessoas se sintam em casa assim que entrem no avião” e “que não venham só para Maputo porque Moçambique não é só Maputo, é muito mais do que isso”. Sublinhou também que a ideia não é apenas levar pessoas para Moçambique mas também para outros países da região, como o Zimbabué, a África do Sul, a Zâmbia ou a Tanzânia, entre outros destinos atrativos na região.
João Carlos Pó sublinhou que a abertura da rota de Lisboa faz parte de “um plano de expansão da companhia. Abrimos Lisboa mas não queremos parar por aqui. Estamos a pensar noutras rotas, como é caso do Brasil, Emirados Árabes e provavelmente no subcontinente indiano”.
O responsável fez ainda questão de anunciar que em breve irá abrir em Lisboa “uma grande agência moçambicana para começar a oferecer pacotes” turísticos aos viajantes.
Uma rota há muito aguardada
Presente na cerimónia, o embaixador de Moçambique em Portugal, Joaquim Bule, começou por salientar que “hoje é um dia particularmente importante para o nosso país” devido à retoma dos voos da LAM na rota Lisboa-Maputo-Lisboa, que os moçambicanos “há muito aguardavam” e que “chegou finalmente, passados 12 longos anos”.
A reposição desta operação, referiu o embaixador de Moçambique, “constitui a materialização da visão e da estratégia do governo da República de Moçambique com vista a abrir cada vez mais o nosso país ao mundo”, estratégia em que o transporte aéreo desempenha “um papel fundamental”.
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Referindo a importância do transporte aéreo nas relações internacionais, Joaquim Bule afirmou que a rota entre Lisboa e Maputo representa “o reposicionamento da LAM no mercado da aviação civil internacional”, um mercado que “não é fácil” porque “a concorrência é enorme”.
Agradecendo a “todos quantos tornaram esta operação uma realidade”, sublinhou que este voo “coloca a nossa companhia de bandeira perante exigências” cujo cumprimento “implica o crescimento da empresa em toda a linha”. Isto porque, continuou, “a avaliar pelos diferentes atores no mercado que oferecem exatamente os mesmos serviços na mesma rota, não temos dúvidas que a aposta em serviços de excelência, tanto em terra como a bordo, constitui um desafio que se coloca aos gestores” da LAM “no sentido de fazer a diferença”.
Lembrou também o facto de, em março deste ano, o governo moçambicano ter isentado de visto a entrada de viajantes de 29 países, no sentido de assim estimular a atividade turística. Neste sentido, afirmou, “a partir do hub de Lisboa, o único da Europa com ligação direta para Maputo, a LAM deverá ser capaz de atrair tráfego que contribua para o incremento do turismo” e dos negócios.