INE: Proveitos do alojamento no 1º trimestre aumentaram 35,5% face a 2019
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Os proveitos do alojamento turístico continuam a bater recordes. No primeiro trimestre deste ano, os proveitos totais aumentaram 35,5% face ao período homólogo de 2019, enquanto os proveitos de aposento aumentaram quase 40%. Os números foram divulgados esta segunda feira pelo INE.
O INE começa por recordar que no 1º trimestre de 2023, nos vários meios de alojamento turístico (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 5,4 milhões de hóspedes e 13,5 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 40,1% e 39,6%, respectivamente, face ao período homólogo do ano passado.
Comparando com o 1º trimestre de 2019, as dormidas aumentaram 14,2% (+17,0% nos residentes e +12,9% nos não residentes).
Os proveitos continuaram a aumentar a uma taxa bastante mais elevada que as dormidas, significando que o alojamento turístico está a ser vendido mais caro.
Assim, ainda no que se refere ao 1º trimestre do ano, os proveitos totais ascenderam 793,6 milhões de euros (+61% em termos homólogos e +35,5% face ao 1º trimestre de 2019) enquanto os proveitos de aposento alcançaram os 582,6 milhões de euros (+64% em termos homólogos e +39,9% comparativamente aos primeiros três meses de 2019).
Tomando isoladamente o mês de março, foram registados 2,1 milhões de hóspedes (+30,8%) e 5,1 milhões de dormidas (+26,7%), a que corresponderam 338,0 milhões de euros de proveitos totais (+45,1%) e 250,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+49,0%). “
Comparando com março de 2019, registaram-se aumentos de 36,2% nos proveitos totais e 40,1% nos relativos a aposento”, avança o INE, que assinala que, face a 2019, foram as Regiões Autónomas que os proveitos registaram “crescimentos mais expressivos”.
Por regiões, em março, a AM Lisboa concentrou 38,3% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento, seguindo-se o Algarve (17,9% e 16,5%, respetivamente), o Norte (16,1% e 16,4%) e a RA Madeira (14,0% e 13,5%).
Os maiores crescimentos, em termos homólogos, ocorreram na AM Lisboa (+57,1% nos proveitos totais e +60,6% nos de aposento), nos Açores (+47,5% e +43,1%, respetivamente), no Norte (+45,0% e +46,5%) e na RA Madeira (+42,3% e +51,9%).
Já na comparação com os indicadores do mês de março de 2019, o destaque vai para os Açores (+52,1% e +50,2%, respetivamente) e a Madeira (+48,1% e +59,6%,).
Também a área Metropolitana de Lisboa esteve em destaque pelo crescimento dos proveitos acumulados no 1º trimestre de 2023 (+82,2% nos proveitos totais e +84,8% nos de aposento), seguida da RA Madeira (+63,5% e +73,1%, pela mesma ordem) e do Norte (+54,6% e +55,8%, respetivamente).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o RevPAR atingiu 43,5€ em março de 2023, tendo aumentado 39,7% em termos homólogos e 28,9% em comparação com o mesmo mês de 2019. De acordo co o INE, os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Área Metropolitana de Lisboa (75,6€, +50,0%) e na Madeira (64,3€, +43,1%).
Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,7€ em março, +18,6% em relação ao mesmo mês de 2022 e +23,2% face a março de 2019. Os valores mais elevados registaram-se na AM Lisboa (112,7€) e na Madeira (87,4€), que corresponderam também aos acréscimos mais expressivos (+23,2% e +21,2%, respetivamente).