Governo cabo-verdiano dá aval de 5,8 ME à TACV para compra de segundo avião
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O Governo cabo-verdiano deu o seu aval ao Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN) como garantia do empréstimo solicitado pela TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde de 5,8 milhões de euros para a aquisição de um segundo avião.
A resolução governamental, publicada no passado dia 15 de junho, é, segundo o Executivo “fundamental para o desenvolvimento da atividade da empresa, bem como para a materialização do seu plano de estabilização financeira”.
A transportadora aérea cabo-verdiana havia recorrido a um empréstimo junto daquela instituição bancária no montante de 650 milhões de escudos (5,8 milhões de euros) para dar continuidade ao seu programa de investimentos com a compra de um segundo avião. Uma operação, que segundo se lê na resolução governamental, requereu o aval do referido banco ao Estado “como garantia do empréstimo e condição indissociável à concretização do financiamento”.
O Governo cabo-verdiano relembra ainda que o Estado enquanto acionista maioritário da transportadora aprovou a concessão de um aporte financeiro à TACV, por forma a dotá-la de meios financeiros que a permitam continuar a desenvolver a sua operação e compromissos. Mas a transportadora tem também recorrido a outras fontes para a captação de recursos que a permitam continuar o seu Plano de Retoma e Estabilização.
Recorde-se que o Estado cabo-verdiano prevê injetar anualmente mil milhões de escudos (9,1 milhões de euros) na TACV nos próximos três anos, para garantir a estabilidade e recuperação da companhia aérea, antes de a voltar a reprivatizar.
Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada). Mas, devido à paralisação da companhia durante o covid-19, o Estado cabo-verdiano assumiu em 6 de julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão a cargo dos investidores islandeses e dissolveu de imediato os corpos sociais.
A TACV vai operar a partir de julho com um Boeing 737-8 MAX, para acrescentar ao Boeing 737-700 alugado desde março de 2022 pela companhia de bandeira cabo-verdiana à congénere angolana TAAG, que tem assegurado desde então as ligações de Cabo Verde a Portugal.