Com Angola e Galiza no horizonte: Grupo Hoti vai crescer em receitas e hotéis em 2024
Em 2024, o Grupo Hoti Hoteis estima crescer 8% em receitas totais, mas a médio / longo prazo quer ir bem mais longe e alcançar os 150 milhões. Para isso contribuirão os projetos para novas unidades que tem em carteira e o “salto” para Angola e Galiza, que está no horizonte do grupo.
Depois de o ano passado ter alcançado um “recorde absoluto” nas receitas, que se cifraram em 102 milhões de euros, o Grupo Hoti Hoteis espera em 2024 um aumento de 8% neste indicador, o que significa que estima alcançar receitas no valor dos 110 milhões de euros.
Este crescimento, segundo avançaram Manuel Proença, chairman do Grupo e Miguel Caldeira Proença, CEO, num encontro com a imprensa na sexta-feira, 5 de janeiro, deverá ter por base um aumento de 4,5% do preço médio e de 3,5% na taxa de ocupação.
Para os objetivos traçados para 2024 ao nível das receitas, irá já contribuir o novo hotel Innside Braga by Meliá, localizado na Avenida Central (uma das principais avenidas da cidade) que deverá abrir portas a tempo da Páscoa, tornando-se na 20ª unidade do grupo (19ª em Portugal).
Mas ainda no “final deste ano ou no início de 2025”, a Hoti deverá abrir mais um hotel em Portugal, o Meliá São João da Madeira, que irá ocupar o antigo Palacete Conde Dias Garcia. O edifício, que pertencia à autarquia, foi concessionado à Hoti Hoteis por 50 anos, para reabilitação e exploração, no âmbito do programa REVIVE.
Mas há outro objetivo, de maior monta, a ser alcançado a médio/longo prazo: atingir um total de receitas de 150 milhões de euros. “Estamos a caminho para os 150 milhões de euros em receitas”, frisou Manuel Proença que no entanto se escusou a avançar uma meta temporal para este objetivo.
Para lá chegar, o Grupo irá concretizar, embora também ainda sem prazo datado, outros projetos que tem em carteira, e são vários, que iniciarão construção de forma faseada já que a Hoti quer prosseguir com a sua estratégia de não ter mais do que dois hotéis em construção ao mesmo tempo, conforme sublinhou Manuel Proença.
Entre os projetos que aguardam hora de avançar estão duas unidades no Porto (um hotel Meliá na Boavista com 220 quartos e um ‘residence’ que irá situar-se numa área em frente); dois para Aveiro (também um hotel e um ‘residence’); uma unidade em Guimarães, bem como um hotel Viana do Castelo que segundo o chairman do Grupo irá “arrancar brevemente”, e em Vila Nova de Famalicão, que, em conjunto com o de Viana, será dos próximos a arrancar.
Nos projetos do Grupo não está apenas contemplado Portugal já que a Hoti quer expandir a sua internacionalização (já detém um hotel em Moçambique que está “consolidado”) para destinos como Angola e Galiza.
Em Angola, está em perspetiva a construção de um hotel em Luanda, mas os responsáveis não quiseram adiantar a localização nem a data, com Manuel Proença a avançar apenas que “é possível que dentro de poucos meses tenhamos novidades”.
Também no que se refere à Galiza, não está ainda definida a localização, embora os reesposáveis tenham adiantado que a melhor hipótese será a cidade de Vigo. Sobre o porquê da escolha da Galiza, o CEO do Grupo, Miguel Proença, explicou que, em termos dos investimentos da Hoti Hotéis, “a Galiza pode ser vista como uma continuidade da região Norte, onde temos várias unidades hoteleiras”.