António Trindade e Dionísio Pestana esperam que 2024 volte a ser um ano de crescimento do turismo
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O ano de 2024 deverá ser, uma vez mais, de crescimento para o turismo em Portugal e mais precisamente para os Grupos Pestana Hotels & Resorts e PortoBay. Esta foi a opinião transmitida, esta terça feira, por António Trindade, CEO da PortoBay Hotels & Resorts e Dionísio Pestana, presidente do Pestana Hotel Group.
Os responsáveis falavam no painel “Leisure Hospitality Leaders- Creating Value from Experiences”, do Resort & Residential Hospitality Forum que está a decorrer no Hotel Epic Sana, em Lisboa, até 11 de Novembro.
António Trindade começou por sublinhar que “o ciclo da oferta é completamente diferente do ciclo da procura”: Neste sentido, apontou que “quando olhamos para 2024 sob o ponto de vista da oferta, sabemos o que estamos e vamos fazer, que oportunidades podemos aproveitar para nos mantermos atualizados”. Já do ponto de vista da procura o panorama é mais complicado, “basta vermos o que aconteceu este fim de semana”, disse, referindo-se aos acontecimentos em Israel.
Na opinião de António Trindade, em 2024 Portugal irá viver de novo um bom ano turístico ao nível da procura, embora não espere que a Madeira e o Algarve tenham o mesmo comportamento. A propósito, o CEO do Grupo PortoBay especificou que no caso da Madeira, as dormidas poderão não ter um crescimento tão elevado quanto tiveram este ano porque “isso seria difícil” [recorde-se que até agosto as dormidas na Madeira cresceram 12,3% face ao ano passado] mas, mesmo assim, deverão crescer. Já no Algarve “onde as estações do ano estão a ficar mais largas” e os clientes estão a ficar mais diferenciados e o “mercado direto está em crescimento”, o comportamento poderá ser diferente. Ainda assim, António Trindade apontou que “poderemos, facilmente a um crescimento de 10% em cash flow”.
Também Dionísio Pestana acredita que 2024 seja mais um ano de crescimento para o turismo e mais precisamente para o Pestana Hotel Group, tendo avançado com a perspetiva de “um crescimento de 4% ou 5% face a este ano”.
O presidente do Grupo Pestana referiu-se também àquele que é um dos grandes desafios com que a hotelaria se debate em Portugal: a falta de mão de obra. “Ainda há poucos anos eram apenas os madeirenses que trabalhavam nos hotéis da Madeira, hoje temos que importar trabalhadores do Bangladesh, da Índia e de países africanos de língua portuguesa”. Uma situação que acarreta um outro problema, o do alojamento que tem que ser garantido: “neste momento precisamos de 300 camas para acomodar funcionários na Madeira” e para resolver o problema “temos que comprar, sempre que podermos, ou alugar a longo prazo”.