“Em 2024 tudo indica que vamos ter crescimentos que podem rondar os 20%”, admite Francisco Teixeira
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Foi apresentada esta quinta-feira em Lisboa, a campanha Royal Caribbean Eurovision que vai levar um agente de viagens ao festival da Eurovisão. À margem do evento, o Turisver falou com Francisco Teixeira, diretor-geral da Melair, que representa a Royal Caribbean em Portugal, que nos explicou a campanha e avançou as suas perspetivas para 2024.
Já apresentaram no Porto, agora apresentam em Lisboa, a campanha Royal Caribbean Eurovision. Trata-se de um incentivo à venda?
Hoje, num grupo de 17 países da Royal Caribbean na Europa, Médio Oriente e África, nós estamos no Top 3 em termos de vendas e de capacidade de marketing. Tendo isso em consideração, a Royal Caribbean está a patrocinar a Eurovisão e pegando nesse tema, nós criámos uma campanha de incentivo que já anunciámos no Porto na terça-feira, em que entre 23 de janeiro e 29 de fevereiro, as reservas dos agentes de viagens contam como pontos.
Significa isto que durante um mês e pouco temos uma campanha de incentivo com dois prémios: um, que é um pacote VIP para ir à final da Eurovisão em Malmo, na Suécia, com voos, hotel, refeições, lugar sentado e outro que é um cruzeiro temático Eurovisão, no Oasis of the Seas, a 5 de maio.
O que é que esta campanha poderá representar em aumento de vendas?
Num mercado tão competitivo como aquele em que vivemos, precisamos sempre de ir fazendo campanhas, ativações de marca que é uma forma de criar aquilo que eu chamo de popups e portanto esta campanha é mais um popup.
Neste momento, estamos no ponto mais alto das reservas de cruzeiros, que são os meses de janeiro e fevereiro e não foi à toa que conciliámos as duas coisas. Por isso esperamos ter a atenção do agente de viagens, a sua participação, e crescer em vendas mas não contabilizamos esse aumento porque acima de tudo estamos a fazer uma ativação de marca junto do trade.
2024 será ano de crescimento para toda a indústria de cruzeiros
Como é que correu o ano de 2023 para a Royal Caribbeam aqui em Portugal e quais são as perspetivas para este ano?
Foi um ano que correu já ao nível de 2019, a programação da Royal Caribbean e da Celebrity foi a mesma de 2019, ou seja, não tínhamos projetado nenhum crescimento em cima de 2019.
Importante agora é falar de 2024 porque como temos um ciclo de vendas que se inicia mais cedo do que acontece no mercado, hoje já conseguimos ter 50% das vendas feitas para 2024.
Em 2024 tudo indica que vamos ter crescimentos que podem rondar os 20% mas mais importante é a perceção de que o mercado de cruzeiros vai crescer. Vejo que todas as companhias estão muito ativas no mercado, os produtos estão muito dinâmicos, as campanhas também, o consumidor parece-me estar mais interessado em cruzeiros… Sinto uma grande dinâmica por parte de todos os intervenientes, agentes de viagens, companhias de cruzeiros, consumidores, pelo que acredito que em 2024 o mercado, no seu todo, vai crescer e nós cresceremos de acordo com o mercado.
Nós precisamos sempre muito do agente de viagens para fazer esta ligação entre as companhias de cruzeiros, os seus produtos e o consumidor, explicando cada vez melhor aos seus clientes a oferta que está no mercado e adequando-a cada vez melhor ao seu cliente.
Novo navio Icon of the Seas trouxe “uma dinâmica enorme ao negócio”
Entretanto, chegou o Icon of the Seas…
Chegou e é uma transformação muito grande em termos do conceito Royal Caribbean, primeiro porque é uma classe de navios já movidos a gás natural liquefeito, segundo porque é um produto muito direcionado para famílias.
O Icon começa a navegar a 27 de janeiro, em termos comerciais, mas já temos mais dois navios em construção: O Star of the Seas, segundo navio da classe Icon que já está à venda e começa a operar em 2025 e o terceiro que virá em 2026.
O Icon traz uma dinâmica enorme ao negócio tal como The Perfect Day Coco Cay, a ilha privada da Royal Caribbean, pelo que há toda uma dinâmica de marca e de produto que introduz muita energia nas equipas e na própria marca, e estamos muito satisfeitos com o resultado do Icon.
E à partida de Lisboa pode esperar-se alguma coisa?
Não há nada programado. A Royal Caribbean é uma companhia global, muito forte nas Caraíbas. O mercado americano foi o mercado que despertou mais cedo e com mais força no pós-Covid e a Royal Caribbean segue as tendências. Quando se faz a programação dos navios, os portos concorrem todos entre si, portanto, Lisboa pode aparecer ou não. Portugal pode ser uma opção, mas é uma opção tão válida como qualquer outra em qualquer parte do mundo.