Comissão Europeia proíbe compra da eTraveli pela Booking
![](https://turisver.pt/wp-content/uploads/2022/01/Uniao-Europeia-1.jpg)
A Comissão Europeia proibiu esta segunda-feira, 25 de setembro, a compra da plataforma de reserva de voos eTraveli pela Booking, por considerar que afetaria a concorrência comunitária da União Europeia (EU).
A operação, segundo um comunicado de o executivo comunitário, foi assim proibida ao abrigo do regulamento de concentrações da UE, argumentando que “a aquisição teria permitido à Booking reforçar a sua posição dominante no mercado das agências de viagens ‘online’ relativo à reserva de hotéis no Espaço Económico Europeu”.
Bruxelas sublinha ainda que “a decisão de hoje surge na sequência de uma investigação aprofundada da Comissão sobre a operação, que teria combinado a Booking e a eTraveli, dois dos principais fornecedores” do mercado das agências de viagens ‘online’, respetivamente na reserva de alojamento e de voos, acrescentando que a empresa norte-americana de plataforma de reservas “não propôs medidas de correção suficientes para dar resposta a estas preocupações”.
Sediada nos Estados Unidos, a empresa detém além da Booking.com (plataforma de reservas) as marcas Rentalcars, Priceline e Agoda, bem como entidades para aluguer de automóveis e voos através do negócio Kayak (incluindo as marcas Kayak, Momondo, Cheapflights, HotelsCombined, entre outras).
Ao funcionar principalmente como intermediária entre os clientes e os alojamentos privados e os hotéis, a Booking tem, atualmente, uma quota de mercado superior a 60% no mercado das agências de viagens ‘online’ do Espaço Económico Europeu, após o crescimento nos últimos anos. Enquanto a sueca eTraveli está ativa no mesmo mercado através das suas marcas Gotogate, My Trip, Seat24 e SuperSaver, principalmente focada na reserva de voos.
No comunicado a Comissão considera “que a operação teria reforçado a posição dominante da Booking no mercado das agências de viagens organizadas de hotéis, conduzindo a custos mais elevados para os hotéis e, possivelmente, para os consumidores”.
A operação foi notificada à Comissão em 10 de outubro de 2022 e, em novembro desse ano, foi aberta uma investigação aprofundada. Esta é assim a 11.ª fusão que a Comissão bloqueia.