Dário Brilha admite que a Solférias venha a pôr no mercado um part charter para Agadir direto de Lisboa
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Para além das operações charter, a Solférias tem uma vasta programação baseada em voos regulares para a região de África. Um dos destinos estrela é São Tomé e Príncipe, mas Dário Brilha, Gestor de Produto da Solférias adianta que o operador está a retomar as operações para Moçambique, vai lançar a Gâmbia e deverá ter um part charter para Agadir, em Marrocos.
Marrocos é um país com uma vasta oferta turística. A Solférias tem programação em voos diretos para o destino?
Temos e estamos a fechar algo que pode aparecer para Agadir, concretamente um voo Lisboa-Agadir direto em que teremos um part charter, à semelhança de outros operadores, que nos abrirá este destino.
Agadir é um destino muito antigo na operação charter em Portugal e precisamos urgentemente de mudar a imagem que o destino tem, não só porque poderá haver muitos agentes de viagens que não o conheçam mas também porque existe uma nova área, que é Taghazout, a 25 minutos de Agadir, que é uma zona muito acima da média, com hotéis de luxo e uma praia muito boa.
Sempre fomos o operador que mais portugueses transportou para Marrocos, portanto não faria sentido que não entrássemos nesta aposta em Agadir. O nosso objetivo é mostrar esta nova Agadir aos agentes de viagens e nesse sentido gostávamos de fazer uma famtrip até para que percebam que é possível fazer combinados de praia e cultura porque Agadir está a um pouco menos de três horas de distância de carro de Marraquexe.
Mantemos a aposta para Marraquexe, com todos os combinados, nomeadamente com noites no deserto, estadas e escapadinhas, e também temos vendido alguns circuitos fechados de sete noites, que já se fazem há bastante tempo. No nosso caso, temos seis circuitos que percorrem quase todo o território.
A aposta em Marrocos é muito grande, está sempre no nosso top 6 ou 7 de destinos em termos de faturação.
“Uma das grandes novidades é que vamos aproveitar os voos da TAP que está a voar no inverno, e vamos lançar programação para a Gâmbia, um enclave que faz fronteira com o Senegal”
Depois temos o resto de África. O que é que se destaca mais?
Nós vendemos muitos destinos em África. Tudo o que operamos em charter também temos em linha regular como é o caso de Marrocos, Egito, Senegal, mas fora dos charter tenho que falar de São Tomé e Príncipe que é dos destinos que mais vendemos, um destino que tem muito para explorar porque há um universo grande de pessoas que ainda não o visitou.
A cidade de São Tomé já começa a ter alguns restaurantes, bares e hotéis mais europeus mas no geral trata-se ainda de um país muito puro e muito virgem, que vale pela qualidade da praia mas acima de tudo pelo contacto com a comunidade local. Quem regressa do país, fala sempre das crianças, das pessoas, da comida, das roças, das experiências… É dos destinos que mais vendemos e valos manter uma aposta muito grande.
Retomámos a operação para Moçambique que tínhamos deixado cair na altura da pandemia e estamos a aproveitar os voos da TAP que já existiam e o regresso da LAM. Vendemos combinados de Maputo com o Parque Nacional ou com Vilanculos no arquipélago de Bazaruto ou com Inhambane e a zona da praia do Tofo. Uma das novidades são os safaris na parte sul do Kruger em que o cliente entra por Maputo, faz transfere terrestre, faz um safari no Kruger na África do Sul e volta para Maputo.
Mantemos a programação para o Quénia e para a Tanzânia, com os safaris premium que continuam a ter muita procura e em que queremos estar cada vez mais presentes porque é um produto de tailor made que vale muito a pena.
Uma das grandes novidades é que vamos aproveitar os voos da TAP, que está a voar no inverno para a Gâmbia, e vamos lançar programação para este destino. Em termos geográficos, a Gâmbia é um enclave que faz fronteira com o Senegal, portanto é um destino de praia muito similar ao Senegal mas que foi colonizado pelos ingleses, pelo que todos falam muito bem inglês, as pessoas são muito afáveis e é um destino turístico já muito conhecido para mercados como o polaco, dinamarquês e inglês e nós estamos a tentar colocá-lo no mindset dos portugueses, até pela proximidade, porque estamos a falar de um voo de pouco mais de quatro horas.
Por ser um destino mais antigo, para além da hotelaria e da praia, há muito para fazer fora dos resorts, tem muitas zonas com restaurantes, bares e discotecas e em algumas zonas já há muita sensibilidade europeia e isso agradou-nos. Por isso, depois de uma visita de inspeção que fizemos há alguma semana, decidimos avançar e a programação deverá sair antes do nosso roadshow.
Leia aqui a 1ª parte da entrevista com Dário Brilha e saiba qual a oferta da Solférias para a região de África, em voos charter