Sofia Silvério: “Há que viver a Boavista para lá dos resorts”
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Sofia Silvério, do Mercado das Viagens das Caldas da Rainha foi uma das agentes de viagens que participou na fam trip realizada pelo operador turístico Solférias à ilha da Boavista. O Turisver falou com esta profissional para conhecer as suas impressões sobre o destino.
Por Fernando Borges
Que importância têm as fam trips para um agente de viagens?
São de extrema importância porque são uma forma de nós conhecermos o produto na sua essência, seja a nível da sua infraestrutura hoteleira assim como do produto destino para podermos melhor aconselhar os nossos clientes.
No caso da ilha da Boavista vou aconselhar os meus clientes a conhecer o mais profundamente possível a ilha para além do resort que escolham. Os resorts são bons, têm qualidade, mas é muito importante que as pessoas conheçam e descubram a ilha, seja o norte, seja o sul, devem ir à vila de Sol Rei e contactar com a realidade. Ou seja, que descubram a alma da ilha da Boavista porque os hotéis estão muito virados para o turista e por si só não mostram o destino. E como Cabo Verde tem uma forte ligação histórica e linguística com Portugal é bom e importante que os clientes que venham para cá tenham essa percepção. E é isso que vou transmitir aos nossos clientes, sendo por isso muito importante para mim e para a agência ter participado nesta fam trip.
Durante vários dias visitámos grande parte da ilha e viveram-se diversas experiências. Quais foram as mais marcante?
Sem dúvida a manhã de jeep em que fomos ao sul da ilha, que atravessámos o deserto para terminar numa das pontas da maravilhosa praia de Santa Mónica onde estivemos num restaurante delicioso no seu ar rústico, o Boca Beach. Só faltou degustar nesse lugar um prato típico cabo-verdiano e aí assistir a uma demonstração de danças tradicionais e escutar mornas e coladeiras. Ou seja, nesse lugar sentir a essência de Cabo Verde. Penso que neste ponto aqui, na Boavista, há uma lacuna, penso que deveriam desenvolver e dar a conhecer mais a parte mais cultural e de animação, quer em termos musicais, quer gastronómicos.
Durante os vários dias, houve a oportunidade de visitar diversos hotéis que se diferenciam no estilo e na oferta. Quais os que mais se adequam aos seus clientes?
Sem dúvida que irei recomendar o Riu Touareg porque entre os hotéis do grupo RIU que visitámos foi aquele que me pareceu ter mais qualidade e em termos de decoração é mais étnico. Sente-se nele mais a essência do que é Cabo Verde.
Para mim, pessoalmente, escolheria o Voi, que era o antigo Iberostar, e o Royal Horizon, muito pelo espaço e pela forma como se distribui. Mas para o tipo de clientes que nos procuram na agência e para o mercado português indicarei qualquer um dos Riu, quer o Touareg, o Palace ou o Karamboa. Cada um tem as suas particularidades adaptando-se assim aos diversos tipos de clientes e gostos.