Proveitos do alojamento aumentaram mais de 20% até novembro mas INE alerta para abrandamento
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De janeiro a novembro de 2023 os proveitos totais do alojamento turístico aumentaram 20,4% face ao mesmo período do ano anterior, atingindo os 5,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE que, no entanto, alerta para “sinais de abrandamento”.
No acumulado de janeiro a novembro de 2023, os proveitos totais das unidades de alojamento turístico aumentam 20,4% para 5,7 mil milhões de euros, com os proveitos relativos a aposento a registarem uma variação homóloga positiva de 21,6% para 4,4 mil milhões.
Se a comparação for feita com o mesmo período de 2019, as variações positivas são ainda mais significativas: +40,1% nos proveitos totais e +42,9% nos de aposento.
No período em análise, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento face a 2022 ocorreram nos Açores (+27,0% e +28,6%, respetivamente), na Área Metropolitana de Lisboa (+25,1% e +26,5%), no Norte (+25,0% e +26,1%, respetivamente) e na Madeira (+24,1% e +27,1%).
Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas, com os Açores a registarem crescimentos de +61,3% e +63,2%, respetivamente, e a Madeira com +59,7% e +71,9%.
Novembro trouxe “sinais de abrandamento” no ADR e RevPar
Em Novembro o número de hóspedes ascendeu a 1,9 milhões (+9,2% em termos homólogos)e 4,6 milhões de dormidas (+7,5%), gerando proveitos totais da ordem dos 329,4 milhões de euros 13,3%),com os proveitos de aposento a alcançarem os 243,5 milhões de euros (+13,2%).
Fazendo a comparação com o ano 2019, os aumentos são “mais expressivos, +43,2% nos proveitos totais e +46,8% nos relativos a aposento”, sublinha o INE.
Por regiões, e no que se refere ao mês de novembro, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 42,4% dos proveitos totais e 45,4% dos proveitos de aposento, seguindo-se o Norte (16,4% e 16,5%) e o Algarve (13,9% e 12,3%).
As regiões que em novembro apresentaram crescimentos de maior monta nos proveitos foram o Alentejo (+20,5% nos proveitos totais e +20,3% nos de aposento), o Norte (+18,4% e +17,3%) e a Madeira (+17,2% e +18,7%).
Face a novembro de 2019, os aumentos mais significativos aconteceram na Madeira (+68,9% nos proveitos totais e +83,8% nos de aposento) e nos Açores (+49,2% e +50,1%).
Por tipologia de alojamento, a hotelaria foi a que mais cresceu, concretamente +13,1% nos proveitos totais e +13% nos proveitos de aposento, comparando com o mesmo mês do ano anterior.
Os “sinais de abrandamento” foram dados pelo ADR e pelo RevPar, com o preço médio por quarto a cifrar-se em 91,9€, ou seja, +5,2% em termos homólogos, quando em outubro o crescimento tinha sido de 10,5%. Já comparativamente ao mesmo mês de 2019 este indicador cresceu 30,3%.
Já o RevPar, que se situou nos 43€ em novembro, teve um aumento de 7,6% face ao mesmo mês do ano anterior (+33,7% face a novembro de 2019).De acordo com o INE “em novembro, este indicador deu sinais de abrandamento em todos os segmentos”, com todos eles a registarem aumentos de menor monta que os alcançados em outubro.