Peso do turismo não deve ser visto como um problema, defende Mário Centeno
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“Não tem turismo quem quer, só tem turismo quem pode. Mal de nós se não tirássemos partido económico sustentavelmente daquilo que são as nossas tradições naturais, culturais, atmosféricas”, quem o afirmou foi Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, durante a apresentação do “Boletim Económico” de junho.
Foi no Museu do Dinheiro, em Lisboa, que na passada sexta-feira, Mário Centeno defendeu a importância do setor do turismo para o país, relembrando que este, “em particular ao longo de 2022 teve papel importantíssimo, insubstituível na economia portuguesa. Não consigo ver nenhum problema com isso”.
O governador do Banco de Portugal, que reviu em alta para acima de 2% o crescimento da economia portuguesa até 2025, sublinhou que são o turismo e o investimento, os dois principais motores para este cenário.
O mesmo responsável relembrou, no entanto, que entre 2019 e 2022, não foi o turismo, o setor que mais emprego criou em Portugal. Ainda assim, atualmente, a média de salários é de 1.806 euros, o que equivale a um crescimento de 24% face a 2019.
Apesar de o turismo não ter sido o setor que mais empregos criou, Mário Centeno avança que “no alojamento, restauração e transportes cresceu 44 mil (postos) em termos de emprego, um crescimento de 9%, menos do que a média nacional”. Setores que segundo o mesmo “pesavam 15% do emprego em 2019 e tinham um salário médio de 1.197 euros, tendo crescido 16%”.