Lisboa considerada uma das cidades mais atrativas para novos hotéis
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A capital portuguesa surge em quarto lugar entre as cidades mais atrativas da Península Ibérica para os operadores hoteleiros, perdendo apenas para Málaga, Madrid e Barcelona, de acordo com as conclusões do estudo “Hotel Operator Beat Iberia 2023” da consultora Cushman & Wakefield.
As principais conclusões do estudo “Hotel Operator Beat” desenvolvido pela Cushman & Wakefield Hospitality para a Península Ibérica, relativas ao primeiro semestre de 2023, demonstram a Península Ibérica continua a atrair operadores hoteleiros nacionais e internacionais, com Lisboa a apresentar-se como a quarta cidade mais apelativa.
Para a elaboração do relatório, foram entrevistados 42 diretores de empresas hoteleiras que representam mais de 1.100 hotéis na Península Ibérica. De acordo com os dados do estudo, o mercado hoteleiro urbano de Málaga é o mais atrativo (4,3 em 5), seguido de Madrid (4,2), Barcelona (4) e Lisboa (3,9).
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O estudo revela também que as duas cidades que mais cresceram em termos de atratividade para os operadores, em relação ao ano passado, foram Andorra e San Sebastián, ambas com mais 7%.
Gonçalo Garcia, Head of Hospitality, Cushman & Wakefield Portugal, comenta “Os resultados obtidos confirmam, sobretudo, a apetência da Península Ibérica para a prática do turismo, consagrando-se na vontade de operadores e investidores em aumentar a sua exposição aos diferentes mercados. A diversidade de oferta de lazer, de resort e urbana, complementam-se e criam vantagens competitivas face a outros destinos turísticos.”
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No que diz respeito aos destinos de férias, as respostas revelam um grande interesse pelos destinos de sol e mar, com Maiorca a liderar o ranking. O Algarve, enquanto destino de sol e mar por excelência, enquadra-se no patamar de interesse com Tenerife, Gran Canária e Costa Brava. As ilhas espanholas reuniram a preferência dos operadores para destinos de resort.
Contratos de arrendamento com ponderação variável são tendência
Segundo o estudo, “a pandemia acelerou a tendência internacional para contratos de arrendamento com ponderação variável, o que reduz o risco para os inquilinos e aumenta as hipóteses de rendas mais elevadas para os proprietários”.
Os resultados revelam que 33% dos operadores entrevistados estão a oferecer mais contratos híbridos. O número de contratos de arrendamento variável também aumentou 31%, enquanto o contrato fixo, que era o contrato mais tradicional, apenas cresceu 7%.
Critérios ESG pesam nas estratégias de desenvolvimento
Para elaboração deste relatório, os operadores foram questionados sobre o peso dos critérios ESG nas suas estratégias de desenvolvimento hoteleiro. Os resultados mostram que 65% dos inquiridos estariam dispostos a considerar a possibilidade de abdicar das remunerações de serviços de acompanhamento técnico se o imóvel cumprisse os mais elevados critérios ambientais e 56% considerariam mesmo a possibilidade de oferecer rendas mais elevadas neste caso. O setor está também a considerar a possibilidade de reduzir as taxas ou de aumentar o key money para incentivar a gestão ESG.
O relatório também mostra que 36% dos inquiridos não registam qualquer atraso no desenvolvimento de novos projetos hoteleiros, o que demonstra a “recuperação da atividade na Península Ibérica, uma vez que a maioria dos projetos foi interrompida ou sofreu atrasos significativos durante a pandemia”.
“Quando questionados sobre as razões para os atrasos ou cancelamentos de novos projetos hoteleiros, 62% dos inquiridos afirmaram que tal se devia ao aumento dos custos do projeto. As dificuldades de financiamento ou a incerteza económica, em 45% e 38% dos casos, foram outras razões apontadas para estes atrasos”, lê-se no relatório.