AHP quer intervenção de Costa para facilitar imigração da CPLP
Considera a AHP que “só com intervenção do primeiro-ministro será possível desburocratizar o circuito da imigração dentro da CPLP” tendo em vista o recrutamento de recursos humanos para o setor.
Os recursos humanos, “ponto crítico para a hotelaria”, foram um dos temas focados em recente reunião da AHP com a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços mas, considera a AHP em nota à imprensa, “a informação partilhada pela governante deixou a Associação extremamente preocupada”.
“Para a Associação os resultados da reunião não foram os esperados, uma vez que havia fortes expectativas relativamente aos “acordos de mobilidade” que foram celebrados, quer com os países da CPLP, quer com a Índia e Marrocos. Esperava-se que esses acordos já estivessem a funcionar, mas não é isso que está a acontecer”, explica a Associação da Hotelaria de Portugal.
“Viemos muito desapontados, porque o caminho que já tínhamos feito na anterior legislatura foi agora interrompido. É extremamente preocupante que este tema não seja tratado ao nível do Estado como um tema central para o desenvolvimento do país”, considera o presidente da AHP, Bernardo Trindade.
O dirigente diz ainda que “não se compreende como é que não há simplificação de procedimentos e articulação entre serviços, como os Serviços Consulares e o SEF, para simplificar e desburocratizar os circuitos da imigração dentro da CPLP, mais ainda quando Portugal e vários Estados da CPLP já ratificaram o Acordo sobre a Mobilidade”.
Entendendo que a situação “não se resolve de um momento para o outro” Bernardo Trindade afirma, no entanto, que ele deve ser encarado “como uma questão que exige um envolvimento e uma política de Estado. Quer quanto à imigração, quer quanto à fixação de pessoas no nosso território”.
Recordando que “faltam cerca de 45 mil pessoas no setor, cerca de 15 mil só na hotelaria”, a AHP apela à “intervenção do primeiro-ministro, por considerar que este é um tema que exige clara coordenação de políticas públicas, multissectorial, o que não se alcança sem uma intervenção ao mais alto nível, como se está a demonstrar”.