INE: Dormidas no Algarve continuam abaixo dos níveis de 2019
O Algarve é a única região do país onde as dormidas nos alojamentos turísticos continuam a apresentar resultados abaixo dos verificados em 2019. De acordo com os dados avançados esta segunda feira pelo INE, face a junho de 2019, as dormidas na região ficaram 6,8% abaixo do mesmo mês e 2019.
Os dados do INE revelam que no mês de junho, foram registados aumentos nas dormidas em todas as regiões, exceto na RA Madeira (-0,8%), que não registava descidas desde março de 2021, e no Algarve que, após um decréscimo de 0,9% em maio, registou agora -6,8% de dormidas do que no mesmo mês de 2019.
Nas restantes regiões continuaram a registar-se crescimentos, com maior realce no Norte (+17,1%), na RA Açores (+16,7%) e na RA Madeira (+14,3%).
Ainda assim, o Algarve foi a região que concentrou maior percentagem de dormidas, concretamente 30,4% do total, seguido da AM Lisboa (24,5%) e do Norte (16,4%).
Face a junho de 2019, as dormidas de residentes registaram um decréscimo de -17,9% no Algarve e de -2,5% na AM Lisboa, sendo que nesta última não se registavam descidas, face aos níveis de 2019, desde março de 2022. A Madeira continuou a destacar-se com um crescimento de 33,0%, seguindo-se o Norte (+13,4%).
Também as dormidas de não residentes continuaram a decrescer no Algarve (-2,9%) e no Centro (-1,8%), face a junho de 2019, destacando-se ainda o maior acréscimo nos Açores (+25,6%).
O INE avança, também, que o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,4 milhões de dormidas em junho, correspondendo a crescimentos de 7,1% e 3,7%, respetivamente. Já na comparação com o mesmo mês de 2019, registaram-se crescimentos de 4,3% nos hóspedes e 3,8% nas dormidas.
Ainda no que se refere ao mês de junho, as dormidas no mercado interno diminuíram 6,7% em termos homólogos, totalizando 2,2 milhões e os mercados externos aumentaram 8,7%, correspondendo a 5,3 milhões de dormidas. Face a junho de 2019, registaram-se aumentos de 0,5% nas dormidas de residentes e 5,2% nas de não residentes.
No acumulado dos primeiros seis meses deste ano, as dormidas aumentaram 18,8% (+7,7% nos residentes e +24,2% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 10,7%, (+13,2% nos residentes e +9,6% nos não residentes).
A taxa líquida de ocupação-cama em junho foi de 53,0%, tendo diminuído 0,6 p.p. em termos homólogos, enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto (63,5%) manteve o nível de 2022 (+3,3 p.p. em maio).
Face a junho de 2019, registaram-se decréscimos de 2,2 p.p. na taxa de ocupação-cama e de 0,2 p.p. na taxa de ocupação-quarto, com o INE a sublinhar que esta são “as primeiras descidas desde setembro de 2022, face aos níveis de 2019”.