Com receitas recorde em 2022 companhias do Grupo SATA com “perspetivas positivas” para 2023
![](https://turisver.pt/wp-content/uploads/2022/05/SATA-avioes.jpg)
As duas companhias aéreas do Grupo SATA, SATA Internacional-Azores Airlines e a SATA Air Açores, registaram resultados recorde em 2022. Para este ano mantêm-se as perspetivas positivas, ainda que com algumas incertezas ao nível dos factores externos.
A SATA Internacional-Azores Airlines obteve o seu melhor ano de receitas de sempre, no montante de 211,1 milhões de Euros. Esta foi a primeira vez que as receitas ultrapassaram a fasquia dos 200 milhões, com o montante alcançado a representar um crescimento de 34,2% face a 2019.
De destacar que, pela primeira vez em 10anos, a companhia registou um EBITDA positivo em 10 anos. O Resultado Operacional antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações e Custos de restruturação foi de 5,403 milhões de Euros, um resultado positivo pela primeira vez, nos últimos 10 anos. Este valor representa, igualmente, uma melhoria de 27,7 milhões de Euros comparado com o ano pré- pandemia.
O Resultado Líquido de 34,2 milhões de Euros negativos, melhorou em 21,6 milhões de Euros, em comparação com 2019.
Na base a evolução está o número recorde de passageiros transportados pela companhia aérea em 2022, que ultrapassou pela primeira vez, a marca de 1 milhão de passageiros, atingindo 1,083 milhões, o que representa um crescimento de 14,5% em relação a 2019.
A receita média por passageiro aumentou 4% em comparação com 2019 e o load factor evoluiu para 75% ao ano, + 9 ppts (pontos percentuais) face a 2021, embora ainda 4ppts (pontos percentuais) abaixo do valor de 2019.
Segundo a empresa, as perspetivas para 2023 são positivas no que toca ao crescimento da receita, tendo em conta que na primeira metade de 2023 o crescimento de receita, refletido nas reservas de bilhetes (forward bookings), está 40% acima do que o registado no mesmo período de 2022.
A SATA Air Açores também obteve o seu melhor ano de receitas de sempre, que ascendeu ao montante de 92,2 milhões de Euros,+9,3% do que em 2019, com um EBITDA de 7,8 milhões de Euros, tendo investido no crescimento da frota inter-ilhas.
A empresa avança que “Na base desta evolução está o número recorde de passageiros transportados em 2022, num valor superior a 837 mil passageiros” o que representou um crescimento 9,2% em comparação com 2019.
A receita média por passageiro aumentou 25% em comparação e o load factor evoluiu para 73% ao ano, o que significou um aumento de 5ppts (pontos percentuais) face a 2021, embora ainda 5ppts abaixo do valor de 2019.
O Resultado Líquido de -2,5 milhões de Euros, melhorou 4,3 milhões de Euros em comparação com 2021.
No global, as perspetivas para 2023 apresentam-se, nas duas companhias aéreas do grupo, positivas.
Para 2023, estima-se que os riscos maiores possam advir de fatores externos à organização. Destaca-se a instabilidade nos mercados financeiros com possível impacto na procura e a volatilidade de preços dos fatores nos mercados internacionais.
Em termos de custos, o preço do combustível tem estado, no momento, ligeiramente abaixo do verificado no ano anterior. O término do período de emergência, que ocorreu em dezembro de 2022 e o consequente fim dos cortes salariais em ambas as companhias aéreas, terão um impacto material nas contas do corrente ano.