Novo aeroporto de Lisboa: António Costa diz que solução definitiva deverá chegar em final de 2023
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Em entrevista à CNN Portugal, esta segunda feira à noite, o primeiro-ministro avançou que tem mantido contactos com o líder do PSD sobre o novo aeroporto de Lisboa e que a solução definitiva deverá chegar em 2023, depois de concluída a avaliação ambiental estratégica. Quanto às localizações que serão avaliadas, António Costa nada adiantou.
“Creio que vamos ter condições para no próximo ano termos essa decisão”, afirmou o primeiro-ministro, adiantando que tem mantido “contactos com o novo líder do PSD, acho que não estaremos muito distantes de podermos fixarmo-nos sobre uma metodologia para a realização da avaliação ambiental estratégica que é necessária entre as diferentes soluções possíveis”.
Sobre as localizações que estão a ser analisadas, Costa nada adiantou para “não perturbar o diálogo” com o líder do PSD, limitando-se a reiterar que “não estamos muito longe para podermos ter um entendimento sobre a metodologia que deve ser seguida para que o país possa chegar em final de 2023 em condições de tomar uma decisão definitiva sobre este tema que se arrasta há um número excessivo de anos”.
Questionado sobre se o que estava a dizer era que ainda se estava no início do processo, o primeiro-ministro disse que “não estamos no início do processo porque há muita informação que já esta produzida”, sublinhando que “não é por acaso que esta decisão tem levado tanto tempo” mas sim porque “não se estabeleceu nunca um grau de consenso suficiente”.
A propósito recordou que, desde a campanha eleitoral de 2015, tem insistido para que “os grandes projetos de obras públicas devem merecer o apoio de pelo menos dois terços dos partidos representados na Assembleia da República porque não são obras deste Governo, são obras que o Estado faz para décadas”.
Costa negou também que se esteja sempre a andar para trás no que se refere à decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa “Eu quando cheguei agarrei na decisão que tinha sido tomada pelo meu antecessor” mas entretanto “o PSD mudou de líder e o Dr. Rui Rio passou a ter dúvidas sobre se a solução que tinha sido escolhida pelo Dr. Passos Coelho era a certa” considerando que devia ser feita uma nova avaliação ambiental estratégica.
Agora, com uma nova liderança no PSD, a avaliação ambiental estratégica vai ser feita “a todas as alternativas que eu e o Dr. Luís Montenegro entendamos que devem ser sujeitas a essa avaliação e depois da avaliação ambiental estratégica concluída se tomará uma decisão final”, frisou o primeiro-ministro, acrescentando que “consumirmos um ano que seja para podermos ter uma decisão definitiva para um problema que se arrasta há mais de 50 anos, abençoado ano que vamos investir até final de 2023”.
“Tudo farei para que a decisão não tenha só apoio deste Governo, mas pelo menos o apoio do principal partido da oposição e, preferencialmente, de todos os outros partidos”, garantiu o primeiro-ministro, explicando que “estamos a falar de uma infraestrutura que vai existir muito para lá da nossa própria existência”, tratando-se por isso de uma decisão de deve ser tomada “de modo a garantir a sua irreversibilidade”.