No turismo não fomos derrotados pelo Covid, garantiu Rita Marques
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Na abertura do Congresso da ADHP, a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços deixou uma uma palavra de orgulho para com uma atividade que nunca desistiu e, em referência às suas novas funções, garantiu que vai multiplicar-se por três e não dividir-se.
Aos presentes na abertura do Congresso da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal que decorre em Vila do Conde, Rita Marques, na sua primeira intervenção pública enquanto secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, deixou claro o seu orgulho no comportamento da atividade turística durante a crise pandémica. “O setor do turismo, pese embora ter passado por um período extremamente sofrido, nunca desistiu”, enfatizou.
Naquela que foi a primeira de três mensagens que quis passar aos congressistas, Rita Marques garantiu que, mesmo durante o período mais crítico da pandemia “nunca quisemos só sobreviver, quisemos liderar”. Por isso “fomos o primeiro país a comunicar (…) a lançar a primeira campanha mundial a dizer “fiquem em casa”, fomos o primeiro país a lançar o selo “clean & safe” e fomos o único país que conseguiu formar 50% dos seus profissionais d turismo durante os dois anos de pandemia (…) graças à boa dinâmica das nossas escolas”. Uma atitude que, salientou, fez com que Portugal ganhasse “um extraordinário reconhecimento internacional como a melhor marca turística do mundo em 2020”.
Significa isto que Portugal nunca teve um registo de perdedor, nunca desistiu e conseguiu, ao longo dos últimos dois anos, preparar-se para uma “retoma que está a acontecer”. Alertou, no entanto, que 2022 talvez não seja ainda o ano da retoma total “provavelmente, precisaremos de alguns anos para a retoma”. Ainda assim acrescentou, “temos esperança em terminar 2022 com 85% das receitas turísticas que tivemos em 2019 e, sobretudo, temos a ambição de retomar a trajetória de crescimento que foi interrompida por via desta pandemia”.
Para Rita Marques, o sucesso conseguido tem por base a parceria entre os sectores público e privado pelo que, enfatizou, “essa parceria tem que continuar a ocorrer” para “garantir que nos reinventamos” e para que “Portugal possa retomar a trajetória de crescimento no que ao turismo diz respeito”.
A segunda nota da governante foi para o problema da falta de capital humano e para o debelar “teremos que acolher alguns cidadão internacionais” , disse, deixando no entanto claro que “teremos que qualificar estes profissionais” porque “não podemos perder o foco” quando um dos principais objetivos da ET2027 é “crescer em valor, entregar serviços de excelência”.
A terceira mensagem que deixou foi a da valorização dos profissionais: “temos que fazer um esforço para valorizar os profissionais deste setor”, um esforço para remunerar melhor os recursos humanos do turismo, inventar novas formas de premiar quem trabalha no turismo e garantir que a progressão nas carreiras se torna possível e interessante “porque só assim é que conseguimos angariar e atrair os melhores talentos”.
Por fim, Rita Marques deixou uma mensagem de confiança e responsabilidade: “Teremos seguramente anos difíceis pela frente mas estou confiante em que teremos resultados interessantes, de que nos poderemos orgulhar”.
A intervenção da secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços começaria, no entanto, num registo bastante mais leve. Respondendo ao presidente da Confederação do Turismo, Rita Marques descansaria o sector, afirmando que, à frente da Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços “multiplico-me por três, não me divido”. Brincou até, ao dizer que o presidente da CTP “tem aqui uma oportunidade única de progressão de carreira” podendo passar a ser “presidente da Confederação do Turismo, Comércio e Serviços”, repto que prometeu dirigir também ao presidente da Confederação de Comércio