Estatuto do Agente de Viagens prometido pelo SET “consolida a profissão”, afirma Nuno Tomaz
À margem do evento com que a APAVT assinalou o Dia Nacional do Agente de Viagens, Nuno Tomaz, diretor comercial do Grupo GEA, afirmou ao Turisver que a criação de um Estatuto para a classe dos agentes de viagens merece dignifica uma profissão de grande importância num país que vive muito do turismo.
O secretário de Estado do Turismo afirmou que vai ser criado muito em breve um diploma de dignificação na carreira do agente de viagens. Isso é muito importante?
É importante porque, de uma certa forma, consolida a profissão que tem sido negligenciada ao longo dos anos e dá valor a algo que durante muitos anos tem sido vilipendiado, por isso tudo o que vise a dignificação desta profissão merece ser validado.
Este Dia Nacional do Agente de Viagens é uma dignificação para os milhares de trabalhadores das agências de viagem. Como é que se faz chegar a importância deste dia ao público final?
Sobretudo através da comunicação social, e através dos diversos canais que temos à nossa disposição, e também da qualidade que se imprime na profissão, da qualidade do serviço e do apoio que se dá ao cliente. A publicidade, o boca-a-boca, funciona muito neste caso.
Este reconhecimento é quase uma garantia de que trabalhar numa agência de viagens compensa o trabalhador?
Sim, sem dúvida, porque as agências de viagens, num país que vive, essencialmente, de turismo, em que muito do PIB é produzido exatamente por este setor, necessitam cada vez mais de profissionais bem capacitados. Este é um setor que representa muita saída profissional para muitos jovens e é um setor muito promissor para os que desejem enveredar por esta profissão.
Por outro lado, também é um garante, de certa maneira, de que as agências de viagens são um bem inestimável para o consumidor final e que estão cá para durar?
Sim, sem dúvida. Aliás, desde há muitos anos que eu tenho ouvido que a profissão do agente de viagens está para acabar com o advento das novas tecnologias, da internet, mas este é um setor de pessoas para pessoas. É muito difícil que uma tecnologia, que uma máquina, que um computador substitua a confiança que um ser humano garante ao consumidor final, com a sua expertise, com o seu conhecimento, com a sua atuação em tempo real.