Empresários da Terceira preocupados com “limitações de operações aéreas para os Açores”
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Em comunicado, a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) afirma ver “com grande preocupação, o sinal que é dado com o fim da operação da Britsh Airways para a Ilha Terceira” e atribui culpas ao “desastroso trabalho promocional” feito pelos “responsáveis pelo turismo nos Açores”.
De acordo com a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo “este desfecho acontece fruto do desastroso trabalho promocional feito pelas autoridades responsáveis pelo turismo nos Açores” e acrescenta que “os operadores turísticos da Terceira, e exclusivamente estes, tiveram muitas dificuldades em conseguir organizar a sua oferta junto da companhia aérea, sendo que o apoio logístico a este nível foi escasso ou nulo”.
Afirmando que “o falhanço seria ainda maior” se a CCHA não tivesse desenvolvido um trabalho promocional com recurso a fundos europeus, a entidade afirma ter uma preocupação acrescida face ao “fim da rota para Londres da Ryanair” que vem contrariar o que a companhia aérea tinha “transmitido à Câmara de Comércio, que inclusivamente pretendia ver aumentados as rotas de mercados europeus para a Ilha, o que, para grande surpresa nossa, não se veio a verificar, tendo essas duas rotas ido para o aeroporto de Ponta Delgada”.
No mesmo comunicado, a CCAH defende que “a promoção dos Açores nos mercados considerados prioritários, deve ser feita com equidade, de forma uniforme e potencialmente o posicionamento de todas as Ilhas do arquipélago”.
“A ilha de São Miguel, e para grande satisfação de todos os Açoreanos, não precisa de mais voos e muito menos que se continuem a concentrar ligações aéreas nessa Ilha oriundos do mesmo mercado, dificultando o acesso dos turistas e residentes a outras Ilhas e ao exterior, prejudicando, assim, gravemente o desenvolvimento turístico e consequentemente económico dos Açores”, afirma a mesma nota.
Acusando as autoridades de serem “centralistas” e de isso “impedir o desenvolvimento das restantes oito ilhas”, a Câmara de Comércio diz que o sucesso das rotas que tem vindo a trabalhar “provam que é possível o desenvolvimento do turismo dos Açores, tendo por base a “gateway” da Ilha Terceira”
“Com o fim destas rotas, e sem que nada esteja previsto para colmatar as mesmas, os empresários das Ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge vêm com grande preocupação o próximo verão IATA e a defesa dos inúmeros investimentos que têm feito nesta área, perspetivando o desenvolvimento económico do grupo Central dos Açores”, declara a CCAH que “assume e reitera a sua disponibilidade para, em conjunto com todas as entidades competentes nos Açores, arranjar soluções que permitam minimizar os impactos no próximo verão no turismo na Região Autónoma dos Açores”.