Agências associadas da Airventure “terão ganhos de rentabilidade um pouco acima dos 3%”, afirmou João Fernandes
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João Fernandes, diretor-geral da Airventure, foi o anfitrião de um encontro com a imprensa que decorreu na sexta-feira, e que serviu para fazer o balanço do primeiro ano de atividade do grupo e traçar perspetivas para 2024, um ano que é encarado como de consolidação e em que o objetivo é ultrapassar os 100 milhões de euros em vendas.
A Airventure iniciou atividade em Janeiro de 2023 e este seu primeiro ano fechou com “13 sócios” e “95 milhões de Euros em vendas no BSP, o que para primeiro ano nos parece bastante bom”, afirmou João Fernandes.
“A Airventure tem uma estrutura diferente dos outros grupos. Não somos propriamente um grupo de gestão, somos constituídos por sócios. Todos temos o objetivo de aumentar a participação e todos contribuem de forma igual para as decisões do grupo”, explicou o responsável.
Quanto às perspetivas para 2024, o diretor-geral da Airventure adiantou que “estamos em pleno crescimento e esperamos este ano consolidar o grupo”. Por isso, apesar de o crescimento em número de sócios ser um dos propósitos, fez questão de sublinhar que “o objetivo não é termos 400 agências, até porque todas têm de ser IATA”. Neste âmbito avançou que “em breve entrarão mais duas empresas para a sociedade e o objetivo é acabar o ano com 20 agências de viagens”. Além disso, para este ano “temos boas perspetivas e ultrapassaremos os 100 milhões de euros, sem nenhuma dificuldade”, assegurou.
“Assumi a direção-geral da Airventure em maio, e tivemos de mudar um bocadinho a estratégia da captação das agências, mas diria que o principal entrave à entrada de mais agências são os requisitos legais que nós pedimos. O nosso objetivo é que o grupo seja estável financeiramente porque queremos passar uma imagem de estabilidade ao mercado e demonstrar que o grupo é constituído por sócios financeiramente estáveis, o que nos dá mais credibilidade no mercado”
Questionado sobre o facto de no lançamento da Airventure, em dezembro de 2022, terem sido traçadas para o primeiro ano de atividade perspetivas bem mais ambiciosas do que aquilo que veio a concretizar-se, nomeadamente em número de agências associadas, João Fernandes salientou que “assumi a direção-geral da Airventure em maio, e tivemos de mudar um bocadinho a estratégia da captação das agências, mas diria que o principal entrave à entrada de mais agências são os requisitos legais que nós pedimos. O nosso objetivo é que o grupo seja estável financeiramente porque queremos passar uma imagem de estabilidade ao mercado e demonstrar que o grupo é constituído por sócios financeiramente estáveis, o que nos dá mais credibilidade no mercado”.
A principal razão da existência e o principal objetivo da Airventure é, segundo o seu diretor-geral, “melhorar as condições de remuneração das agências IATA em acordos com os GDS e com as companhias aéreas; na parte do lazer temos uma parceria com a Airmet”. Neste âmbito, referiu que “para que os nossos parceiros nos possam melhorar as condições temos de ser um grupo sólido e forte”. Neste sentido, afirmou, “somos mais criteriosos e exigimos mais garantias financeiras aos interessados que queiram entrar, garantias que todos têm de cumprir. Isso é algo de que não abdicamos e com isso melhoramos a nossa capacidade de negociação com os parceiros”.
Respondendo a uma questão dos jornalistas sobre se uma agência de viagens que queira entrar na Airventure tem que integrar o grupo Airmet, João Fernandes confirmou que “uma agência que se junta à Airventure junta-se à Airmet. Não é exatamente uma obrigatoriedade, mas a Airmet é o nosso parceiro para os acordos de lazer”, frisou.
Agências associadas tiveram mais dividendos do que se estivessem isoladas
O diretor-geral da Airventure adiantou ainda que “em relação aos dividendos tirados pelas agências associadas, todas melhoraram substancialmente os acordos que tinham, quer de GDS, quer de companhias aéreas”, embora não tenha adiantado os montantes pagos porque, argumentou, “estamos ainda a apurar os dividendos”. Ainda assim realçou que nos acordos existentes com as 15 companhias áreas os sócios “terão ganhos de rentabilidade um pouco acima dos 3% porque os acordos são de volume e estar sozinho ou em grupo leva a faturações diferentes”.
Questionado acerca das orientações que são dadas às agências do grupo sobre vendas nas companhias low cost, o responsável assumiu que “nesta fase a Airventure tem acordos com as principais 15 companhias aéreas e o que indicamos é que as vendas sejam centralizadas nessas companhias”, sendo que “nestas 15 companhias áreas nenhuma é low cost, até porque essas companhias não são muito simpáticas para fazerem acordos”.
Em relação aos acordos com as companhias aéreas a Airventure está numa fase de renegociação dos contratos e segundo o diretor-geral do agrupamento “a expectativa é renovar com todas. Inclusive, tendo em conta que agora já temos um histórico, temos como objetivo melhorar as condições”.
João Fernandes adiantou ainda que a Airventure vai realizar uma mini convenção durante a próxima convenção da Airmet, que em princípio decorrerá na Ilha Terceira, nos Açores.