Zanzibar: Aposta arrojada da Solférias e da Sonhando para este verão é já uma quase certeza para 2024

Os operadores turísticos Solférias e Sonhando apresentaram na sexta feira, dia 28, a sua operação charter de verão para Zanzibar. Inédita no mercado português, a operação que tem partidas de Lisboa de 30 de julho a 10 de setembro, está a surpreender pelos resultados, uma vez que, sublinharam os operadores, tem já mais de 85% dos lugares vendidos.
“Este é um momento histórico para a Solférias, é o primeiro charter e o primeiro voo direto que é lançado de Portugal para Zanzibar. Estamos a falar da operação mais longínqua que alguma vez lançámos, um destino que está a 9h15 de Portugal”, afirmou Nuno Mateus, diretor-geral da Solférias na conferência de imprensa em que estiveram presentes Simaid Said, o ministro do Turismo e Património de Zanzibar e Rahim Bhaloo, presidente da Comissão para o Turismo de Zanzibar.
Se a operação charter para Zanzibar é a grande novidade deste ano no mercado português, o destino não é um desconhecido. Aliás, Nuno Mateus fez questão de sublinhar que a Solférias já programa Zanzibar há alguns anos, em voo regular, e com uma procura sempre crescente, o que acabou por ser motivador para o lançamento desta operação charter.
Ainda assim, trata-se de “uma operação que acarreta alguns riscos”, confessou o responsável, frisando, no entanto, que “se fosse fácil qualquer um fazia”, mas a vontade de encontrar novos destinos é algo que move ambos os operadores, já “parceiros históricos” e, como salientaram, este novo destino está a confirmar-se como uma aposta certeira. Isto porque, ao dia de sexta feira “estamos com uma ocupação ligeiramente acima dos 85% na operação global”, sendo que “os lugares que faltam ainda vender são essencialmente na penúltima partida, porque a última já está vendida”, avançou o diretor-geral da Solférias.
Voo direto tem duração de 9h15 enquanto em voo regular a viagem ronda as 18 horas
José Manuel Antunes, diretor-geral do operador turístico Sonhando, corroborou o sucesso que a operação para Zanzibar está a ter em termos de vendas. Com apenas “alguns lugares para vender na penúltima partida” e “nove para a última”, José Manuel Antunes especificou que, tal como acontece com a Solférias “é na cadeia RIU que a maioria dos nossos passageiros vai estar alojada”, acrescendo “alguns no hotel Meliá e uns quantos em cadeias locais”.
O responsável aproveitou para sublinhar a comodidade do voo direto, no caso operado pela HiFly, que reduz em muito o tempo de viagem para o destino – o charter tem a duração de 09h15 quando em voos regulares andará em torno das 17-18 horas.
Quanto ao futuro do destino no mercado português, Nuno Mateus defendeu que Zanzibar vai muito para além da programação charter, tendo até afirmado não ter dúvidas que “quando esta operação acabar, a procura pelo destino Zanzibar irá crescer inevitavelmente, pela qualidade do destino e pelo boca-a-boca”.
Face a esta certeza e aos resultados das vendas, e tendo até em conta que, como disse Nuno Mateus, o ano de arranque de uma operação é sempre o mais difícil, ambos os parceiros tencionam voltar a ter um charter para Zanzibar em 2024: “O nosso objetivo, claramente, é retomar”. Reiterando essa vontade, e respondendo a uma pergunta do Turisver, o diretor-geral da Solférias fez ainda notar que “infelizmente, hoje em dia as operações têm um fator externo que nos limita em muito toda a nossa operação” e essa limitação é o aeroporto de Lisboa. Por isso alertou que “não sabemos se de Lisboa ou do Porto, mas Zanzibar é um objetivo do próximo ano”.
Também José Manuel Antunes falou dos problemas do aeroporto de Lisboa que motivaram até o facto de esta operação ser realizada em voos noturnos: “Esta é uma operação noturna, com voos às 22h00, e o regresso também é feito de forma noturna”, uma escolha que não foi dos operadores mas sim uma imposição que deriva do “problema gravíssimo da falta de slots no aeroporto de Lisboa”. E acrescentou mesmo que “Não tivemos a sétima partida porque não tivemos slot em Lisboa”.
Sobre Zanzibar, o diretor-geral da Sonhando afirmou tratar-se de “um destino fantástico”, com “as praias mais espetaculares que já vi” e um “povo muito cordial”, tendo aproveitado por aconselhar os clientes a fazer um safari de um dia. “Esta complementaridade que o destino tem, além da praia, é uma questão extremamente relevante”, defendeu.
