XXI Congresso ADHP: Presidente da CTP realça “trabalho de excelência e de resiliência” dos diretores de hotéis

Mesmo com instabilidades. A nível nacional e internacional, “o turismo resiste”, tal como, apesar dos desafios, desde a mão de obra à tecnologia, “os diretores de hotel continuam a dar provas da sua competência”. Estas foram duas das mensagens deixadas por Francisco Calheiros na abertura do XXI Congresso da ADHP, que decorre no INATEL Caparica, em Almada.
Foi pela situação política que o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, iniciou a sua intervenção na abertura do XXI Congresso da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, para lembrar que hoje como há um ano, quando se iniciava o anterior congresso da ADHP, Portugal vive “um período de incerteza política e governativa” que, inevitavelmente, irá atrasar dossiers de grande importância para o turismo, como o novo aeroporto, o TGV ou a privatização da TAP.
Apesar da instabilidade interna, a que se junta a internacional, “o turismo resiste”, afirmou, exemplificando com os recordes de 2024 (mais de 31 milhões de hóspedes, de 80 milhões de dormidas e de 27 mil milhões de euros de receitas, com o turismo a crescer em todas as regiões) e as perspetivas para 2025 continuam a ser “positivas”
Pela atratividade, diversidade, pela qualidade dos seus produtos e serviços e pela segurança “Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos”, afirmou o presidente da CTP, considerando que “nem a instabilidade nacional e internacional retirará turistas a Portugal e o Turismo será mais uma vez um fator de sustento da economia”.
Dirigindo-se aos diretores de hotéis, realçou o “trabalho de excelência e de resiliência” que têm desempenhado num momento em que a gestão hoteleira enfrenta inúmeros desafios, desde a mão de obra às respostas a dar às novas necessidades dos clientes. “São atualmente vários os desafios a enfrentar e a forma como se gerem vários fatores que requerem novas ferramentas de gestão”, afirmou, acrescentando que “os nossos Hotéis têm de estar preparados para as novas soluções de gestão, de forma a permanecerem concorrenciais”, para o que “é necessária uma permanente atualização de conhecimentos e até mão-de-obra mais qualificada”.
Francisco Calheiros citou ainda outros desafios como os custos de contexto, a sustentabilidade e até a nova mobilidade, para deixar claro que “perante tudo isto, os Diretores de Hotel continuam a dar provas da sua competência, tendo sempre o Turista como o seu principal foco”.
Afirmando-se reocupado com a situação do país, Francisco Calheiros disse esperar que a situação política e governamental em Portugal “seja clarificada de forma célere (…) para que não sejam bloqueados dossiers e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística” e que afetam também a hotelaria, como sejam as acessibilidades, nomeadamente “a existência de um novo aeroporto e de uma linha férrea mais moderna e com ligações em TGV; a solução para a TAP” e também a necessidade de “redução da carga fiscal e uma efetiva reforma do Estado”.