WTTC: Viagens de negócios devem crescer 5,5% ao ano até 2032

Vitais para muitos setores da economia, as viagens de negócios foram das mais afetadas pela pandemia. A recuperação, ainda lenta, começou em 2021, este ano foi mais forte, alcançando 41% e, segundo o mais recente relatório do WTTC, devem registar uma progressão anual de 5,5% até 2032.
Tendo representado, em 2019, cerca de 21% do total de gastos com viagens e turismo, as viagens de negócios foram “desproporcionalmente afetadas pelo COVID-19, com os gastos a caírem 56,2% em 2020”, recorda o relatório do World Travel & Tourism Council divulgado esta semana. O início da recuperação, embora tímido, aconteceu ainda o ano passado, quando se registou um crescimento de 30,9% em relação a 2020.
Para este ano, segundo o WTTC, está previsto um crescimento adicional de 41,1%, com as projeções a apontarem que, até 2032, as viagens de negócios cresçam a um ritmo médio anual de 5,5%, em termos globais pelo que, ao que tudo leva a crer, “as viagens de negócios vão continuar a ser uma parte importante do ecossistema de viagens”, sublinha o Conselho Mundial das Viagens e Turismo que considera que “o valor das reuniões presenciais não pode ser subestimado e elas nunca serão completamente substituídas por reuniões online”.
Além disso, sublinha o relatório, o turismo MICE tem o potencial de movimentar para os destinos, um número considerável de visitantes de alto consumo, o que faz “aumentar significativamente as receitas do turismo”. Outro dos benefícios passa pelo facto de as vagens de negócios ajudarem a debelar a sazonalidade da atividade turística.
O relatório do WTTC frisa ainda que o aumento das “workation holidays” possibilitadas pelo trabalho remoto e flexível oferece agora novas oportunidades para os destinos e os fornecedores de viagens.
Ainda assim, o estudo adverte que “a recuperação provavelmente irá variar de acordo com o segmento de viagens, o setor de negócios e o país, com as viagens de negócios a poderem retornar a mais curto prazo na Ásia-Pacífico e com os mercados europeus e americanos a recuperarem por fases.
Tendo em conta os padrões de gastos nos últimos anos, “indústrias como a manufatura, a farmacêutica e a construção serão as primeiras a retornar às viagens de negócios”.