WTTC critica introdução da ETA no Reino Unido

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC na sua sigla em inglês) veio criticar a obrigatoriedade de os turistas europeus necessitarem da Autorização Eletrónica de Viagem (ETA) para entrarem no Reino Unido, medida que entrou agora em vigor.
A partir desta quarta-feira, 2 de abril, todos os cidadãos europeus, incluindo os portugueses, que pretendam visitar o Reino Unido devem solicitar uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA, sigla em inglês) antes de viajar. Neste dia, através de comunicado, o Conselho Mundial das Viagens e Turismo veio criticar esta medida que considera mais um imposto para os viajantes.
Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC afirmou que esta medida “mina completamente a política de crescimento do Reino Unido”, sublinhando ainda que “em vez de tornar o Reino Unido um local atrativo para visitar, esta é outra barreira para os turistas”.
“Os visitantes internacionais são efetivamente exportações — trazendo moeda valiosa. O Reino Unido é um dos países mais caros para visitar — IVA acima da média, Imposto sobre Passageiros Aéreos, preços inflacionados alimentados pelo Seguro Nacional do Empregador e ausência de compras isentas de impostos para clientes valiosos”. Tudo somado, considera Julia Simpson, gera prejuízos para a economia do Reino Unido.
Assinalando que “as Viagens e o Turismo contribuem com mais de 280 mil milhões de libras para a economia do Reino Unido e sustentam mais de 4 milhões de empregos em todo o país”, com as empresas a pagarem “anualmente 100 mil milhões de libras ao Tesouro em receitas fiscais”, a presidente do WTTC insta o primeio-ministro a concentra-se no crescimento da economia e não em medidas que a prejudiquem: “O primeiro-ministro Starmer precisa de se concentrar no crescimento da economia e na proteção dos empregos, e não em introduzir políticas que os coloquem em risco”, alerta a responsável.