Vítor Silva não vai ser candidato às próximas eleições na ERT do Alentejo e Ribatejo

Em conversa com o Turisver, Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo e da ERT do Alentejo e Ribatejo, deixou claro que não vai ser candidato às próximas eleições para a presidência desta última entidade, que vão ter lugar já no verão.
Embora ainda não estejam efetivamente marcadas, 2023 é ano de eleições para a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo que deverá ir a votos em junho ou julho. O que é certo é que esta entidade irá ter um novo presidente já que Vítor Silva estará, como o próprio frisou ao Turisver , sujeito ao limite de mandatos. Mas deixar a ERT é também a sua vontade.
“Eu estou sujeito à limitação de mandatos, pelo menos esta é a minha interpretação da lei. Há quem tenha outras interpretações porque eu não estive sempre na presidência da ERT, num dos mandatos e em metade de outro fui vice-presidente. Ainda assim, a minha interpretação é que estou sujeito à limitação de mandatos”, afirmou ao Turisver.
A propósito, contou que na Assembleia Geral da ERT do passado dia 29 de novembro “declarei, para que ficasse claro, que a lei não me permitia continuar. Por isso tornava-se irrelevante dizer que mesmo que pudesse continuar eu não iria fazer”. O que Vítor Silva deixou claro ao Turisver foi que não será candidato nas próximas eleições: “Eu não vou ser candidato nas próximas eleições”, declarou.
“É público que eu sempre defendi que um presidente da Entidade Regional de Turismo, preferencialmente, não deve ser presidente da Agência Regional de Promoção Turística. Sempre entendi que deviam ser duas pessoas diferentes, o que não significa que não pudesse ser apenas uma – eu fui, nas circunstâncias em que tive que o ser. Era vice-presidente, o presidente saiu e eu assumi com muita honra e com muito prazer a presidência da ERT. Agora vou dar lugar a outros e o turismo no Alentejo continuará a desenvolver-se”, frisa.
Na Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, que teve eleições em março deste ano, tudo continuará como está, com Vítor Silva na Presidência. “Não me candidatei em nome da Entidade Regional de Turismo, candidatei-me em nome da empresa de que sou sócio e que é associada da Agência”, elucida, justificando a opção tomada: “Na altura estávamos na perspetiva de as Entidades Regionais serem engolidas pelas CCDR, o que aliás está no programa do governo e se eu me tivesse candidatado em nome da ERT o que iria acontecer é que a CCDR ficava como presidente da ARPT, o que para mim era um absurdo”.
“As ARPTs são, fundamentalmente, associações empresariais”, sustentou, exemplificando: “Na direção da Agência do Alentejo somos 13 pessoas e 12 delas são empresas ou associações empresariais e só uma é que é entidade pública [a ERT do Alentejo e Ribatejo] e obviamente tem um papel muito importante porque é a ela que cabe a estruturação do produto”.