Vinci lança programa inicial de 80 ME para modernizar aeroportos em Cabo Verde

Oitenta milhões de euros é o valor que deverá ascender o primeiro programa de modernização dos sete aeroportos do arquipélago de Cabo Verde, a cargo da Vinci Airports. Quem o avança é Nicolas Notebaert, diretor-geral da Vinci Concessions e presidente da Vinci Airports.
O responsável, que espera regressar àquele país africano em 2024 para ver o progresso das obras, que deverão estar prestes a arrancar, sublinha que os “contratos de empreitada já foram adjudicados”, estando os trabalhos iniciais entregues às empresas portuguesas Teixeira Duarte e à Alves Ribeiro.
Recorde-se que os planos para os sete aeroportos de Cabo Verde foram entregues à Vinci, no passado mês de julho, numa concessão válida por 40 anos, sendo que a primeira tranche foi paga pela Vinci ao Estado cabo-verdiano no valor de 35 milhões de euros.
Nicolas Notebaert, que falava ao presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, e ao vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, avançou que o primeiro programa de modernização dos aeroportos de Cabo Verde já foi lançado, “são cerca de 75 a 80 milhões de euros” a aplicar nos sete aeroportos, que incluem “investimentos de segurança muito importantes para o tráfego”.
O mesmo responsável adiantou ainda que são necessárias obras para completar “o sistema de pistas, o sistema aeronáutico, os terminais, mas também um sistema de formação, um sistema de confiança que permita aos colaboradores cabo-verdianos, às equipas que vamos reunir, dar o melhor de si”.
Nicolas Notebaert acredita que haverá uma melhoria da qualidade do serviço nos aeroportos, quer em termos de fluidez para passageiros quer a nível tecnológico, garantindo ainda que não haverá despedimentos na estrutura que herda no país, reiterando a posição que a empresa já havia expresso em comunicado, dando “as boas-vindas aos mais de 300 trabalhadores dos aeroportos de Cabo Verde” e assegurando a sua integração.
O plano de investimentos inclui uma componente ambiental com a produção de energia com turbinas eólicas no aeroporto da ilha do Sal e com painéis fotovoltaicos na Boa Vista e em Santiago.
O objetivo é “expandir e modernizar” os quatro aeroportos internacionais e três aeródromos do país com um investimento de 928 milhões de euros durante 40 anos.
O Estado vai receber 80 milhões de euros e a operadora terá ainda de pagar anualmente uma percentagem das receitas brutas, de 2,5% nos primeiros 20 anos, subindo até 7% nos últimos 10. Por seu lado a Cabo Verde Airports fica isenta de vários impostos no arquipélago durante 15 anos.