Viajar Tours muda operação para a Costa Esmeralda do aeroporto de Lisboa para o do Porto

Em entrevista ao Turisver, Nuno Anjos, diretor comercial do operador turístico Viajar Tours fala da programação charter que está já prevista para o próximo verão e da qual fazem parte destinos como Saidia, Tunísia (Djerba e Monastir) e Sardenha. Creta, espera confirmação e o operador está ainda a tentar apresentar um novo destino ao mercado.
É ponto assente que o verão foi globalmente bom, agora gostaria que me dissesse como é que estão as vendas no período do pós-verão? Tem havido algum desacelerar do crescimento que se vinha verificando, comparando com a mesma época de 2019?
Neste último trimestre do ano, para nós, Viajar Tours, a vendas até subiram. A aposta que temos vindo a fazer no segmento dos voos regulares tem resultado e a revelar-se uma boa aposta, porque temos conseguido mudar a ideia que existia no mercado de que o Viajar Tours era um operador que apenas vendia produto charter, o que não é verdade. Por outro lado, estamos, também, a conseguir mostrar ao mercado a forma de estar do Viajar Tours nos destinos charter, que passa por um cuidado muito especial com a programação de hotéis que é apresentada e também com os serviços disponibilizados no próprio destino. Os números comprovam que estas apostas têm surtido o efeito desejado.
Durante o painel em que participou na Convenção da GEA, disse que o Viajar Tours é o operador da diferenciação, isso já prevê a alavancagem de propostas para o próximo verão?
Sempre fomos conhecidos por sermos um operador que saía da caixa a nível de destinos. Recordo que fomos nós que lançámos Saidia, que hoje é um sucesso não apenas para nós mas também para outros operadores, o que é muito positivo para o mercado, mas existem mais destinos. Existe Creta, que tem vindo a mostrar-se uma aposta cada vez mais sólida no mercado. Estamos nesta altura à espera de confirmar o avião para Creta para o verão de 2023, mas já temos confirmada a Costa Esmeralda, na Sardenha, para onde iremos começar a voar a partir de 18 de junho até setembro, à partida do Porto, e estamos também a tentar confirmar um outro destino.
Vamos voltar a ter Saidia, numa operação partilhada com a Solférias e temos também outra operação partilhada para a Tunísia, com voos para Djerba em que estaremos com a Solférias e com a Sonhando. A operação irá começar em junho, à partida de Lisboa e do Porto e que terá um reforço do Porto a partir de julho até início de setembro. Vamos ter ainda a operação para Monastir, com os mesmos parceiros, à partida do Porto.
Em breve esperamos poder apresentar também a nossa operação para Olbia, na Costa Esmeralda, no norte da Sardenha, com partidas do Porto. A operação para Olbia já é quase histórica no Viajar Tours mas teve sempre partida de Lisboa. Este ano, por todas as dificuldades no aeroporto de Lisboa que são sobejamente conhecidas, achámos que só conseguiríamos montar a operarão à partida do Porto. Os voos vão começar no dia 18 de junho e prolongar-se até ao início de setembro.
Viajar Tours pode vir a ter mais uma operação charter “mas está no “segredo dos deuses”
Ainda estão a trabalhar no sentido de virem a poder apresentar algo mais ao mercado em termos de destinos charter para o verão de 2023?
Temos duas operações de que estamos ainda a aguardar confirmação, uma é Creta, como disse, um destino que é também histórico no Viajar Tours, a outra ainda não posso avançar mas confirmo que estamos a trabalhar noutra operação.
Depois vão manter as vossas propostas no regular?
Continuamos a ser uma referência no que toca a destinos como a Grécia e a Turquia e temos vindo a ganhar algum espaço, através dos voos da TAP, nas Caraíbas, principalmente em épocas em que não existem charters. Vamos continuar a apostar nesses destinos – agora só o México – mas vamos continuar a apostar no longo curso da TAP, nomeadamente no Brasil, porque achamos que conseguimos ser competitivos.
A vossa equipa vai ter algumas alterações?
Nós temos vindo a fazer algumas contratações e iremos reforçar ainda mais a equipa por força do aumento de lugares que iremos ter em charter no verão de 2023. Trata-se de um reforço necessário para conseguirmos manter a mesma qualidade e prontidão de atendimento a que habituámos os agentes de viagens. Este ano, penso que todo o mercado sofreu com falta de pessoal mas essa é a nova realidade que estamos a viver um pouco em todos os sectores. Pela nossa parte estamos a tentar preparar tudo com avanço para não sermos afetados e podermos transformar isso num ponto positivo para nós.
O ponto de encontro mais próximo com os agentes de viagens vai ser na BTL?
Vamos estar na BTL, integrados no stand da APAVT mas antes disso iremos percorrer o país de norte a sul para fazermos as nossas já tradicionais ações de formação porque achamos que a nossa diferenciação nos destinos gera a necessidade de os agentes de viagens conheceram mais a fundo a nossa programação.