Viagens mais longas e mais gastos associados são tendência este ano
A conclusão é de um relatório publicado pela Skyscanner, que combina sondagens de opinião aos consumidores com pesquisas sobre voos e dados de reservas de cada região do mundo.
Despesas de viagem, perspetivas de reserva, tipo de transporte, duração da viagem, tendências de destinos e como se comparam com períodos pré-pandémicos foram alguns dos indicadores analisados pela Skyscanner, que apresenta também comentários de peritos sobre as tendências que influenciam a recuperação do turismo.
De acordo com as conclusões do relatório, 86% dos inquiridos declararam que tencionam gastar mais, ou pelo menos o mesmo em viagens internacionais do que em 2019, com metade a afirmar que pretende gastar mais.
Entre os inquiridos que afirmaram a intenção de gastar mais em viagens internacionais, 48% estão a planear viagens mais longas, enquanto 43% disse que vai investir em melhor alojamento. As preferências alteram-se consoante o mercado: os viajantes do Reino Unido, por exemplo, optam principalmente por fazer um upgrade nas suas escolhas ao nível do alojamento e dos destinos. Já os alemães, embora também afirmem optar por alojamentos de maior qualidade, estão também a considerar alargar a duração das suas viagens..
As reservas de última hora continuam a ser as mais populares mas, de acordo com o relatório está a crescer o número de reservas efetuadas com antecedência de 30 a 59 dias e 60 a 89 dias – um indicador que, afirma a Skyscanner, reflete o aumento de confiança dos consumidores. No entanto, no que toca à antecedência com que são feitas as reservas “há algumas nuances, consoante os destinos”, aponta o estudo.
O estudo aponta que, apesar de a procura de voos domésticos e de curta distância continuar a ser maior do que no período pré-pandemia, as viagens de longa distância estão a regressar de forma crescente. Assim, à medida que as companhias aéreas vão disponibilizando mais rotas e os destinos vão reabrindo, a tendência da procura vai-se alargando a mais destinos de longo curso.
A escalada do preço dos combustíveis, que levou muitas companhias aéreas a aumentarem as suas tarifas ou a incluírem suplementos, não retiram a vontade de viajar aos consumidores nem impedem a compra de bilhetes aéreos: “Continuamos a ver uma procura latente a voltar ao mercado. O desejo de viajar continua excecionalmente forte, apesar das tarifas aéreas mais altas”, comentou Hugh Aitken, vice-presidente de voos do Skyscanner.
Para o responsável, o que está claro é que os gastos com as viagens irão vão ocupar uma “maior fatia da carteira dos consumidores este ano”, uma vez que depois de dois anos sem viajar, as pessoas estão hoje ávidas de voltar a fazer férias.
O que também está de volta, segundo o relatório, é a sazonalidade das viagens, dado que a procura tende a voltar a concentrar-se em períodos chave do verão e do inverno.
“Há boas notícias para a aviação e também para o setor das viagens em geral. Estamos a ver sinais positivos de que a sazonalidade está de volta, no que toca aos prazos das reservas e à duração das viagens, o que nos fornece um grau de certeza daqui para frente”, concluiu o vice-presidente do Skyscanner.