Viagens dos residentes disparam no 2º trimestre mas continuam abaixo de 2019

No segundo trimestre, os residentes em Portugal efetuaram 5,5 milhões de viagens (-1,7% do que no mesmo período de 2019), com 774,2 mil dessas viagens a terem o estrangeiro como destino (-6,5% do que em igual período de 2019 nas o número mais elevado desde a pandemia). Os dados foram divulgados esta quinta feira pelo INE.
De abril a junho, período que incluiu a Páscoa, os residentes em Portugal realizaram 5,5 milhões de viagens, +52,2% face a igual período de 2021 mas -1,7% do que em igual período de 2019, quando foram efetuadas 5,6 milhões de viagens.
De acordo com o INE, “o número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre” mas só em maio as viagens dos residentes ultrapassaram os dados de 2019 (+0,5%)%), com os meses de abril e junho a observarem reduções de 2,9% e 2,3%, respectivamente.
Do total de viagens realizado no segundo trimestre do ano, 85,9% (4,7 milhões) aconteceram “cá dentro” (-0,9% do que de abril a junho de 2019). As restantes 774,2 mil deslocações foram ao estrangeiro, o maior número desde a pandemia mas, ainda assim, abaixo dos níveis de 2019 (-6,5%).
O “lazer, recreio ou férias”, com 47,6% do total, manteve-se como a principal motivação para viajar, embora tenha perdido representatividade, já que a ele corresponderam 2,6 milhões de viagens, (-3,7% face ao 2ºT 2019). Ainda assim, este continuou a ser o principal motivo que leva os residentes em Portugal a viajar, seja “cá dentro” ou “lá fora”. No primeiro caso foram 2,1 milhões de deslocações (44% do total), enquanto no segundo, correspondeu a 521,7 mil viagens (67,4% do total).
Seguiu-se o motivo “visita a familiares ou amigos” que correspondeu a 2,1 milhões de viagens (38,0% do total, -2,0 p.p.) e cresceu 44,4% (-1,0% em relação ao 2ºT 2019). Nas viagens em território nacional este foi o motivo para 42% das deslocações.
Já as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (495,8 mil), que aumentaram 118,0% face ao ano anterior, ficaram, ainda assim, 4,9% abaixo das realizadas no mesmo período da pré-pandemia. Nas deslocações ao estrangeiro, esta motivação correspondeu a 133,6 mil viagens (17,3% do total, -0,9 p.p.).
Os “hotéis e similares” concentraram 31,7% das dormidas, reforçando a sua representatividade (+15,2 p.p.) e voltaram aos níveis pré-pandémicos (+0,2 p.p. face ao 2ºT de 2019). Já o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (62,1% das dormidas, -14,8 p.p.).
No 2º trimestre de 2022, a marcação prévia de serviços foi utilizada em 37,5% das viagens (+15,2 p.p.), proporção que atingiu 95,3% (+24,9 p.p.) no caso de deslocações com destino ao estrangeiro. Nas viagens em território nacional, a reserva antecipada de serviços esteve associada a 28,0% das viagens (+7,2 p.p.).