Viagens dos portugueses ao estrangeiro registaram máximo histórico em 2023
Em 2023, os residentes em Portugal realizaram um total de 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019) mas enquanto as viagens dentro do território nacional aumentaram 2,4%, as viagens ao estrangeiro cresceram 21,5%, atingindo um máximo histórico, revelou o INE.
Dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística na sexta-feira, 26 de abril, revelam que os residentes em Portugal realizaram 23,7 milhões de viagens durante o ano passado, número que, ainda assim, ficou abaixo do registado em 2019.
As viagens nacionais realizadas durante o ano passado cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), a maioria para “lazer, recreio ou férias” (peso de 47,2%, -1,1 p.p.), com a região Centro a manter-se como principal destino, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se a região Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).
Já as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019) para cerca de 3,2 milhões tendo sido também o motivo “lazer, recreio ou férias” que esteve associado à realização de mais viagens (peso de 68,2%; +3,1 p.p.), com Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) a manterem-se como os principais países de destino das deslocações efetuadas.
De salientar que entre as viagens realizadas ao estrangeiro, as que tiveram como destino o conjunto dos países da União Europeia aumentaram 22,0%, tendo representado 79,0% do total (+0,3 p.p.).
Considerando o número total de viagens efetuadas em 2023, o principal motivo para viajar foi o “lazer, recreio ou férias” (50,1%), correspondendo a 11,9 milhões de viagens (+4,1% face a 2022; -2,0% comparando com 2019). Seguiu-se a “visita a familiares ou amigos” que foi responsável por 38,2% das viagens (9,0 milhões de viagens, +5,6% face a 2022; -2,1% comparando com 2019). Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022.
No que se refere ao tipo de alojamento escolhido pelos residentes em Portugal nas viagens realizadas em 2023, o INE avança que as efetuadas em “alojamento particular gratuito” corresponderam a 61,3% (61,1% em 2022) e aumentaram 2,3% (-2,6% face a 2019). Os “hotéis e similares” concentraram 23,6% do total das dormidas, enquanto o alojamento “particular pago” representou 11,0% do total.
Apesar do aumento registado no número de viagens, a duração média diminuiu de 4,18 noites em 2022 para 4,08 noites em 2023. Ainda assim, este número é superior ao registado em 2019, quando a duração média de cada viagem se situou em 4,05 noites.
“No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.)”, refere o INE.