Viagens de lazer são mais importantes do que nunca para os consumidores, revela estudo do WTM
Lançado esta segunda-feira, 6 de novembro, no World Travel Market, em Londres, o WTM Global Travel Report conclui que os consumidores de todo o mundo estão a priorizar as viagens de lazer em matéria de gastos, o que origina uma perspetiva positiva para o turismo a nível global.
O relatório, produzido pelo WTM em associação com a Oxford Economics revela que o número de viagens de lazer realizadas em 2023 será apenas 10% inferior ao alcançado em 2019, considerado o melhor de sempre para o setor. No entanto, no que toca ao valor dessas viagens, avaliadas em dólares, 2023 irá superar o ano da pré-pandemia, o que significa que os preços praticados foram mais elevados.
De acordo com o estudo, a pressão sobre os custos de combustível, a massa laboral e o financiamento para o sector da aviação é um dos fatores que impulsionam o aumento dos preços. Ainda assim, assegura o relatório, “os consumidores nas economias avançadas estão a dar prioridade aos gastos com viagens de lazer no curto prazo, enquanto as tendências globais de crescimento das viagens de lazer nos mercados emergentes estão novamente em linha com as projeções pré-pandemia”.
“O aumento dos custos das viagens, aliado a uma possível alteração nas perspetivas dos consumidores representam uma ameaça para a indústria, mas atualmente não há sinais claros de que os custos sejam um impedimento para o volume de viagens”, afirma o estudo, antecipando que “a procura por viagens de lazer em 2024 será robusta”, uma vez que “o crescimento a longo prazo da indústria do turismo é forte”.
Neste âmbito, o relatório antevê que “até 2033, os gastos com viagens de lazer ultrapassem o dobro dos níveis de 2019”. Um fator impulsionador, diz o relatório, será o aumento significativo do número de famílias na China, Índia e Indonésia capazes de pagar viagens internacionais.
Os destinos em linha para um aumento de três dígitos no valor do seu negócio de lazer recetivo durante a próxima década incluem Cuba (crescimento de 103%), Suécia (179%), Tunísia (105%), Jordânia (104%) e Tailândia (178%).
Uma advertência ao otimismo a longo prazo são as alterações climáticas, embora o relatório afirme que o principal impacto será a procura deslocada e as mudanças na sazonalidade.