Vendas estão “claramente a cima do ano passado”, afirmou Pedro Gordon no “Arraial GEA”
O Grupo GEA realizou esta quarta-feira, em Lisboa, o seu primeiro arraial dos santos populares, evento que se repetirá quinta-feira no Porto. A iniciativa, exclusiva para as agências associadas e parceiros de negócios, juntou mais de uma centena de participantes e teve como main sponsor o Grupo W2M.
Em declarações à imprensa, Pedro Gordon, administrador do Grupo GEA, disse que o objetivo da iniciativa é proporcionar um “momento de descontração e convívio” numa época de “muito trabalho” para as agências, como é sempre o início do verão.
Questionado sobre se os agentes de viagens da GEA têm motivos para celebração, no que toca às vendas para o verão, Pedro Gordon afirmou acreditar que as “as reservas não estão mal”. A propósito explicou que “este ano as vendas começaram muito mais cedo do que o habitual e depois travaram também um pouco mais cedo, mas o acumulado está bem, estamos claramente acima do ano anterior na maior parte dos destinos”, afirmou.
Sobre os destinos que mais se estão a vender, o responsável sublinhou que “as Caraíbas estão a correr bastante bem”. Já Saidia “começou um pouco mais fraco do que o ano passado mas agora está a compor-se”.
Inquirido sobre a possibilidade de a existência de algum excesso de oferta no mercado poder vir a refletir-se na rentabilidade das agências, o administrador da GEA admitiu que “isso poderá vir a acontecer com alguns destinos mas não, por exemplo, no caso das Caraíbas, o principal polo dos pacotes, que tanto quanto sei, estão a ser vendidas a um preço “nobre” e ninguém está a fazer loucuras ”. No entanto, disse, “nos destinos que estão a vender-se pior, é natural que haja alguma baixa” de preços e, por via disso, da rentabilidade. Ainda assim, afirmou, “não me parece que existam exageros”.
Porque no próximo ano, a easyJet vai começar a operar para Cabo Verde à partida de Lisboa e do Porto, foi perguntado a Pedro Gordon que implicações isso teria na operação do destino, com o administrador da GEA a considerar que “pode ser que tenha alguma repercussão” mas não se espera que seja muita porque, explicou, “o cliente de Cabo Verde é muito de pacote fechado”, ou seja, “viaja muito com pacotes dos operadores turísticos”, todos eles com muitos anos de experiência no mercado de Cabo Verde. Por isso, afirmou, “acredito que os operadores turísticos irão continuar a ter a maior fatia das vendas para o destino”. Ainda assim, “para um determinado segmento de mercado” ou “em períodos em que não há charter” a easyJet “poderá ter mais vendas”, referiu.