“Vê Portugal”: TAP espera chegar ao final do ano com 90% da operação de 2019, disse Tiago Phillimore
No painel dedicado às “Novas tendências no comportamento do turista”, o responsável pelas áreas de eCommerce e Digital da TAP mostrou-se otimista em relação à evolução do setor da aviação e assegurou que a transportadora está acima das estimativas da IATA.
A recuperação da atividade turística esteve em grande destaque do segundo dia do 8.º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal, que decorre em Tomar. No segundo painel do evento, em que se falou das novas tendências dos turistas na era pós-covid, Tiago Phillimore, responsável pelas áreas de eCommerce e Digital da TAP, foi dizer aos presentes que a TAP não foge à regra do otimismo latente em todos os operadores de turismo e acentuar que, depois de dois anos de pandemia, em que as pessoas não puderam viajar, “o turismo passou a ser uma necessidade muito mais premente do que era no passado” e que os consumidores têm agora “um nível de exigência muito maior” e “tomam decisões com maior capacidade de investimento”.
Referindo-se às estimativas da IATA que apontam para que a aviação mundial fique este ano “perto dos 83% daquilo que era voado em 2019” mas que “apenas em 2024 será atingido o break-even na aviação”, o responsável afirmou que “em Portugal o panorama é mais positivo” e que “esperamos voar no pico de verão a perto dos 90% de 2019 e chegar ao final do ano também perto desses 90%” porque “a recuperação está a acontecer” e Portugal está até a ser beneficiado pelo seu posicionamento geográfico. Por isso acredita que “de 2024 para a frente turismo e aviação vão recuperar, e se calhar podemos ter um cenário mais positivo do que as estimativas de hoje”.
No que toca a segmentos de mercado, Tiago Phillimore explicou que “a recuperação do lazer foi muito mais rápida”, que “há uma oportunidade” na fusão do lazer com o trabalho (bleisure) e que apesar de a recuperação da área corporate estar a ser “um pouco mais lenta” acredita que “vamos continuar a ver empresas a viajar connosco” e que em 2023 ou 2024 este segmento terá recuperado totalmente.
Quanto a tendências, deixou claro que, apesar de “o principal ‘driver’ de quem viaja em lazer continuar a ser o preço” e de os clientes corporate continuarem a querer “gastar cada vez menos tempo nas viagens e pretenderem ligações mais fáceis ao seu destino”, nomeadamente voos diretos, “a sustentabilidade ganha importância e vai impactar cada vez mais na decisão do cliente” – um ‘driver’ em que, disse, o cliente de turismo e o de negócios se aliam. Cada vez mais os passageiros, de um e outro segmento, estão preocupados com a sua “pegada” e com as emissões para a atmosfera, tanto que, afirmou, “as emissões de carbono são foco na tomada de decisão”, ou seja, na hora de escolherem para onde vão viajar, como o vão fazer e que transportadora aérea vão escolher.
*Turisver em Tomar, a convite da Turismo Centro de Portugal