“Vê Portugal”: O turismo tem de mudar e Portugal está a liderar essa mudança, afirmou Luís Araújo
Na sessão de abertura da 8ª edição do Fórum Turismo Interno “Vê Portugal”, que decorre em Tomar, Luís Araújo deixou claro que a retoma do turismo em Portugal é fruto de muito trabalho e que a mudança de que o turismo tem que ser alvo está a ser liderada pelo nosso país.
Numa sessão em que estiveram presentes o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, o presidente da Confederação de Turismo, Francisco Calheiros, a vereadora do turismo da CM de Tomar e o presidente do Politécnico de Tomar, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, quis deixar três mensagens breves e claras aos participantes.
A primeira das mensagens teve a ver com a situação atual do turismo em Portugal, com Luís Araújo a assegurar, “relativamente à retoma do turismo que estamos a viver” que, ao contrário do que muitos dizem, “não é fruto da sorte ou do azar, é obviamente fruto do trabalho de todos, setor público e privado, ao longo destes dois anos”. Foram dois anos em que, sublinhou, “a aposta na requalificação do destino foi exemplar e a velocidade com que recuperamos é o exemplo disso”.
A segunda mensagem foi para dizer que “o turismo não é nada simples, o turismo tem desafios, o turismo pode existir hoje e acabar amanhã e nós já vimos isso acontecer em Março de 2020,”. Por isso, afirmou “é preciso que [o turismo] seja acarinhado é preciso que seja reconhecido”. Disse ainda que “a estrutura do turismo, a governança, é sólida e é comunicante do ponto de vista público e privado, mas é acima de tudo focada nos objetivos e nos resultados”.
A terceira foi para vincar que “o turismo tem de mudar. Se queremos um planeta melhor, se queremos uma sociedade melhor, o turismo tem de mudar”. Assegurando que “estamos a dar passos importantes nessa mudança”, o presidente do Turismo de Portugal foi ainda mais longe ao sustentar que “estamos a liderar a essa mudança e é uma mudança positiva”.
Enfatizando que “temos um sector estruturalmente forte” e que isso “é a melhor prova de confiança que podemos ter” em que Portugal continuará a dar passos certos no caminho da retoma do turismo, Luís Araújo disse ainda ser “essencial discutir o desafio do futuro do turismo”, defendendo, no entanto que mais importante do que falar do turismo interno é “fazer uma homenagem àqueles que durante os últimos dois anos apoiaram o turismo nacional, as portuguesas e os portugueses que escolheram o nosso destino para passar férias fins de semana descobriram e defenderam o nosso território como nunca o tinham feito merecem claramente o nosso agradecimento”.
Pedro Machado: “O Turismo é um dos setores mais bem regionalizados nas últimas décadas”
Na sessão de abertura, Pedro Machado sublinhou a importância do mercado interno ao longo de todo o ano, o que constitui uma oportunidade para os territórios de baixa densidade, de interior. “Percebemos hoje que os portugueses encontraram nestes territórios novas experiências e novas motivações”, destacou, acrescentando que, desta forma, “o turismo é extraordinariamente importante para a coesão territorial e para o combate das assimetrias que ainda persistem.
O presidente da Turismo Centro de Portugal recordou o “trabalho notável” que as entidades regionais de turismo têm desempenhado no crescimento da atividade turística: “O Turismo é um dos setores mais bem regionalizados nas últimas décadas. Nos seus órgãos estão presentes os decisores locais, que são parte ativa dos programas. Os destinos regionais reforçam a marca Portugal”, afirmou.
Por seu turno, o presidente da Confederação do Turismo e Portugal, Francisco Calheiros, reforçou a ideia de que “há hoje novos desafios a que o Turismo tem de se adaptar”, nomeadamente “a pandemia, a guerra, as alterações climáticas, que alteraram aquilo que os turistas querem”. Por isso, é necessário oferecer “novos produtos que correspondam às novas necessidades”. Francisco Calheiros frisou também que são “necessárias ajudas públicas para a capitalização das empresas, que ficaram descapitalizadas com a pandemia”, assim como é decisivo resolver outros problemas, como os vistos para quem quer trabalhar no nosso país e a questão do novo aeroporto de Lisboa.
*Turisver em Tomar, a convite da Turismo Centro e Portugal