Varadero e Cayo Santa Maria estão praticamente vendidos, revela Constantino Pinto diretor de vendas da Ávoris em Portugal
Este verão, para além de Varadero, a operação charter da Jolidey, operador do Grupo Ávoris, vai contar com um novo destino em Cuba, concretamente, Cayo de Santa Maria, uma aposta que está a dar “bons frutos”, disse ao Turisver Constantino Pinto, diretor de vendas da Ávoris em Portugal que afirmou também que “Cuba continua a ser um êxito”.
Este ano Cuba, como já vem sendo hábito, é uma forte aposta do Grupo Ávoris. Mais do que anos anteriores?
Sim, sim. Nós sempre trabalhámos as nossas operações baseadas na operação charter semanal para Varadero, sempre com a possibilidade de fazer os combinados com Havana, e este ano introduzimos não só mais uma rota, como essa rota é para um destino completamente novo. Concretamente, vamos voar para o aeroporto de Santa Clara que dá serviço ao Cayo Santa Maria e depois aos combinados de circuito com Cienfuegos e Trinidad. Esta é uma aposta em que tínhamos praticamente a certeza de que daria bons frutos, e confirmou-se.
De facto, até agora, venderam-se mais rapidamente os voos para o Cayo Santa Maria do que se vendeu Varadero, sendo que Varadero também está praticamente todo vendido. Portanto, Cuba continua a ser um êxito para os operadores do Grupo Ávoris.
Varadero é uma operação mais extensa?
É uma operação mais extensa, sim, tem mais rotações. Nós tivemos alguma precaução no lançamento do novo destino, reduzindo um pouco as frequências, mas isso também tem muito a ver com a disponibilidade dos aviões, para poderem dar o serviço com as frequências que pretendíamos.
De qualquer forma, a avaliar pelos resultados obtidos neste momento, e relembro que estamos apenas a pouco mais de meados de maio, com a operação a estar praticamente vendida, tudo nos leva a crer que no próximo ano faremos uma aposta mais ampla para este destino.
O avião que vai fazer os voos para o aeroporto de Santa Clara, que serve o Cayo Santa Maria, tem uma novidade na vossa frota porque tem classe executiva, não é?
Exatamente. Este novo avião da Iberojet vai operar não só o destino de Cayo Santa Maria, como vai operar todos os destinos de Lisboa para as Caraíbas.
Nós, atualmente, temos dois aviões matriculados em Portugal, o A330neo que todos conhecemos, e temos este que chegou agora, que também é um A330neo matriculado em Portugal, mas que tem a novidade de ter classe executiva. Este ano decidimos que este vai ser o avião irá fazer todas as operações a partir de Lisboa, de maneira que tudo o que é Caraíbas, a partir de 30 de junho, vai ser operado com este avião, que tem 353 lugares em classe turística e 18 lugares em business.
Há um pouco a sensação que, nos últimos anos, perdeu um pouco para outros destinos concorrentes da região das Caraíbas. É assim?
Nós não podemos dizer isso. A nossa sensação é precisamente a oposta. As coisas têm corrido da melhor forma possível. Tem sido um destino que não tem sido difícil de vender. Tivemos alguma dificuldade o ano passado com Cancun, mas que penso que tinha mais a ver com o excesso de oferta que havia no mercado do que com outra coisa, porque tínhamos os voos da nossa concorrência, e tínhamos o voo da TAP.
Este ano, não tendo voos da TAP, obviamente que estamos a conseguir uma ocupação média muito boa para Cancun.
Cuba, em geral, e Varadero, que neste caso que é o destino mais antigo, vendeu-se exatamente como nos anos anteriores, aliás, talvez até com maior rapidez do que nos anos anteriores. Portanto, a procura continua a ser grande, pese embora todas as dificuldades que nós conhecemos no destino das quais os clientes estão conscientes.
Aliás, as agências de viagens, no geral, têm um cuidado enorme em gerir a expectativa do cliente em relação ao destino Cuba. E o cliente quando vai, já vai preparado, e normalmente até vem gratamente surpreendido, porque, de facto, os problemas que podem haver com as instalações, com os abastecimentos, são amplamente supridos pela qualidade do atendimento, pela animação, pela simpatia das pessoas, por tudo o resto.
Falta ainda um pouco mais de promoção do destino Cuba em Portugal. Esta iniciativa que a Gaviota teve, de realizar o encontro “Destinos Cuba” no Algarve, é um bom indicador?
É, eu acho que este caminho é importante. Agora, penso que deviam ter pensado melhor esta iniciativa porque realizá-la no Algarve, nesta altura do ano, não será o mais indicado porque os agentes de viagens não têm disponibilidade de tempo para poderem deslocar-se e estar aqui dois ou três dias a meio da semana, o que é uma pena. Penso que esta iniciativa serviu como teste e que no próximo ano, eventualmente, as coisas serão feitas de outra forma.
Na nossa ótica, este evento teria que ser feito antes e, na nossa perspetiva, teria que ser feito em Lisboa para poder polarizar todas as áreas do turismo em Portugal, dado que Lisboa está mais próximo do centro do país.
O evento também terá de ser mais divulgado para continuar a ser organizado no Algarve?
Pois, a organização (Gaviota) é capaz de ter mais apoios para realizar o evento no Algarve, mas para isso há que fazer uma série de iniciativas complementares, levá-las a cabo para conseguir ter efeito positivo, até porque Cuba é um destino sobejamente conhecido do mercado português. Agora, eu penso que a promoção passa mais pelo apoio a quem realmente investe no destino de Cuba, como é o nosso caso, do que propriamente o resto.