Universidade Lusófona participa no projeto FUTOURWORK
O projeto FUTOURWORK, aprovado pelo Programa Horizon CL2, tem como objetivo estudar e promover a melhoria do bem-estar e das condições de trabalho dos trabalhadores do turismo e da hospitalidade através do diálogo social.
O projeto é constituído por um consórcio de diversos países europeus e a Universidade Lusófona está representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD.
O projeto terá um impacto transformador para os trabalhadores do sector do Turismo e Hotelaria, que representa, actualmente, 11,7% do emprego, promovendo um diálogo social mais inclusivo, equitativo e eficaz, através da análise das diversas realidades do trabalho no sector, tanto a nível da UE como a nível nacional.
Permitirá avaliar a influência das organizações de empregadores e trabalhadores no sector, identificar a transformação digital, a inovação e o seu impacto nos trabalhadores de T&H, bem como o seu impacto em grupos particularmente vulneráveis. Incorpora a co-criação e métodos colaborativos para promover o diálogo entre múltiplos stakeholders e irá divulgar resultados que impulsionem políticas e práticas neste domínio.
O FUTOURWORK irá desenvolver um índice de bem-estar que poderá ser usado pelo setor do T&H para avaliar o bem-estar dos seus trabalhadores. Sustentará também a criação de um observatório para integrar a informação produzida, que tem como objetivo a implementação de uma plataforma de diálogo para trabalhadores, empregadores e decisores políticos.
Para além dos parceiros sociais com atividade no sector do Turismo e da Hotelaria, o projeto integra a participação de entidades públicas como a ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho (enquanto Ponto Focal da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho), visando uma abrangência expressiva do domínio de intervenção.
Recorde-se que o Turismo e a Hotelaria representam, atualmente, mais de 10% da economia da União Europeia, e emprega 13 milhões de pessoas, muitas delas pertencentes a grupos vulneráveis: mulheres (54%), migrantes (16%) e jovens (30%) (OIT, 2022). São também trabalhadores que realizam formas de trabalho não padronizadas, incluindo trabalho em plataformas digitais, que podem ser um fator de risco ao nível da concretização de um trabalho digno, da falta de proteção social, do aumento da precariedade e vulnerabilidade e do aumento da pobreza no trabalho (Parlamento Europeu 2021).