Turistas flexíveis desviam reservas de Airbnb para locais menos saturados
Mais flexibilidade e maior tempo de estadia são as duas tendências reveladas pelo relatório apresentado pela Airbnb, que mostra como os viajantes estão a desviar as suas reservas para destinos menos saturados e para datas fora dos picos habituais.
A Airbnb lançou as suas ferramentas de pesquisa flexíveis Categorias (maio 2022), Sou flexível (maio 2021) e Sou (ainda mais) flexível (novembro 2021) para criar uma nova forma de pesquisa de viagens e fornecer uma solução com base tecnológica para o turismo de massas, ajudando os hóspedes a descobrir casas e comunidades para além dos hotspots turísticos saturados e em diferentes alturas do ano. Cerca de 1 em cada 20 estadias na Airbnb são atualmente reservadas com recurso às características de pesquisa flexível.
Uma pesquisa que tem ajudado a redirecionar os hóspedes para aproximadamente cinco milhas mais longe da sua localização inicial pretendida dentro das cidades, em comparação com os hóspedes tradicionais na Airbnb.
Por exemplo, em Lisboa, os hóspedes flexíveis são mais propensos a permanecer fora do centro da cidade do que os hóspedes tradicionais (+42,6%) e menos propensos a permanecer nos bairros mais turísticos de Santa Maria Maior (-20,1%) e Misericórdia (15,8%).
Mesmo com mais empresas a exigir aos colaboradores que regressem ao escritório, as noites reservadas para estadias de longa duração mantiveram-se estáveis desde há um ano, representando 20% do total de noites brutas reservadas.
Recorde-se que em julho passado, a Airbnb dava conta que Lisboa integra os 20 destinos com mais destaque para os trabalhadores remotos a nível mundial. Agora, a mesma plataforma está a lançar um hub exclusivo que irá funcionar como um balcão único para os aspirantes a trabalhadores remotos na capital portuguesa.
Nómadas digitais e trabalhadores remotos com papel fundamental na promoção
Estudos conduzidos pela Harvard Business School revelam que para além dos nómadas digitais e trabalhadores remotos em geral serem “uma bênção, para qualquer economia”, podem desempenhar um papel fundamental na promoção do empreendedorismo nas comunidades onde permanecem, criando “polos tecnológicos” em todo o mundo.
Uma conclusão que levou o Airbnb a publicar um guia para governos e destinos, no passado mês de setembro, com recomendações sobre como as comunidades podem beneficiar economicamente do aumento dos trabalhadores remotos.