Turismo no Alentejo “tem ainda um enorme potencial de crescimento”, defende o autarca de Beja
Passados 13 anos sobre a primeira edição, decorre em Beja o 2º Congresso de Turismo do Alentejo. Na sessão de abertura, este hiato de tempo não foi esquecido, com o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, a deixar claras as muitas transformações que marcaram a região em termos turísticos.
Para o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, que abriu o congresso na sua qualidade de anfitrião, o desafio lançado neste 2º Congresso de Turismo do Alentejo é claro e assenta nas diferenças que o Alentejo turístico apresenta hoje relativamente há 13 anos.
“O que é que se transformou substancialmente nestes 13 anos, entre esse primeiro congresso e este segundo? O que é que aconteceu na região, o que é que aconteceu no mundo, o que é que aproveitamos o que é que podemos vir a aproveitar? Quais são as potencialidades que temos e que ainda podemos explorar melhor do que temos feito, e onde queremos ir e que objetivos é que pretendemos atingir com o turismo no Alentejo?”, interrogou o autarca que, de seguida, foi dando algumas respostas.
Paulo Arsénio começou então por afirmar que “hoje temos ainda um potencial de crescimento enorme em termos de turismo no Alentejo mas temos maior dimensão do que tínhamos. Ganhámos marca, o Alentejo é hoje um destino referenciado e um destino reconhecido pela qualidade e por isso ganhámos também qualidade que é uma das nossas mais-valias porque se não tivermos qualidade não podemos ser competitivos com outros destinos turísticos quer do país quer do estrangeiro”.
O presidente da autarquia de Beja defendeu também que a região também ganhou em termos económicos, dado que “o turismo na economia regional tem hoje um peso substancialmente maior do que tinha no ano 2010”. Por outro lado, disse, os produtos foram melhorados, o artesanato e as tradições alentejanas têm hoje uma melhor promoção.
Isto não significa que tudo esteja feito, que não haja ainda que melhorar, que não existam constrangimentos. No caso de Beja, existe ainda “um constrangimento que ainda não foi ultrapassado que são as acessibilidades, mas aqui no Alentejo variam muito de lugar para lugar, existem constrangimentos em vários locais, diferentes uns dos outros”, assumiu, acrescentando que há, também, muitas oportunidades que se abrem e devem ser exploradas em várias vertentes. E exemplificou com “o turismo de cidade onde apontamos aos eventos e ao património, que tem um peso turístico crescente, com a hotelaria a crescer mas a necessitar de crescer ainda mais, o turismo rural com o Dark Sky, ou as caminhadas da exploração das barragens que vieram dar um conjunto de novas oportunidades turísticas que não existiam”.
Foto: ©AlexGaspar