Turismo na UE começa a recuperar dos “estragos” da pandemia
A avaliação foi feita pelo Eurostat ao analisar os resultados do ano de 2021. No entanto, o Eurostat afirma também que os resultados de 2019 estão ainda longe.
De acordo com o Eurostat, em 2021 o turismo foi um dos setores que começou a recuperar da pandemia, após a flexibilização de certas restrições relacionadas com as viagens que tinham sido tomadas devido à pandemia. A recuperação reflectiu-se no número de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico da União Europeia, que totalizou 1,8 mil milhões. Este número significou um aumento de 27,3% face a 2020, mas reflete, também, um recuo de 37,4% comparativamente com 2019.
O aumento das dormidas em 2021, foi uma constante nos países da União Europeia, com os primeiros lugares do ranking a pertencerem a países como a Grécia, Espanha e Croácia, que registaram acréscimos acima dos 70%. No lado oposto estiveram a Letónia, a Eslováquia e a Áustria que reportaram quedas inferiores a -18%.
No que toca a Portugal, em 2021 as dormidas em estabelecimentos turísticos aumentaram 41,1% face ao ano anterior, mas ficaram 45,1% abaixo dos números de 2019.
Se os dados de 2021 forem comparados com os de 2019, os países mais afetados foram Letónia, Eslováquia, Malta e Hungria, com quedas superiores a 50%. No outro extremo da escala, Dinamarca e Holanda relataram quedas de menos de 20%.
Ainda no que se refere a 2021, registou-se um aumento das dormidas de não residentes em cada país (de 29% em 2020 para 32% em 2021) que o Eurostat atribui à proporção de hóspedes de outros países da UE (de 21% em 2020 para 24% em 2021), enquanto a proporção de hóspedes do resto da Europa e do resto do mundo permaneceu a mesma (5% e 3 %, respectivamente).
Comparativamente a 2019, todos os países da UE registaram um decréscimo de hóspedes não residentes. Letónia, Eslováquia e República Checa foram os mais atingidos, registando quedas de mais de 75%, enquanto Croácia e Luxemburgo foram os menos afetados, com diminuições de menos de 45%.
